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O retorno da série Um Homem Uma Aventura

2024 tem sido um ano surpreendente em relação à série Um Homem Uma Aventura. Três editoras lançaram obras da série italiana lançada pela Sergio Bonelli Editore na década de 1970. Entre os mestres que fizeram parte da coleção estão Sergio Toppi, Milo Manara, Hugo Pratt e o brasileiro Jô Oliveira.

A coleção italiana Un Uomo un’Avventura (Um homem, uma aventura) foi publicada originalmente entre novembro de 1976 e novembro de 1980 pela Edizioni Cepim, atual Bonelli. A coleção foi idealizada pelo próprio Sergio Bonelli, com a curadoria de Dezio Canzio e contou com 30 edições luxuosas com os maiores nomes dos quadrinhos italianos, com a exceção de alguns estrangeiros. Cada volume trata de um período histórico diferente, descrevendo-o através da aventura de um homem, feito símbolo daquele momento.

Um dos maiores diferenciais editoriais dessa coleção dentro da Bonelli, é que Sergio deixou os direitos com todos os autores. Quando uma editora hoje vai negociar algum título de Um Homem, Uma Aventura, é preciso falar diretamente com quem detém os direitos das obras, incluindo os originais, não com a Sergio Bonelli.

No Brasil até agora foram publicadas dez das trinta edições italianas. A Editora Ebal lançou seis edições em 1978, em formato europeu. Iniciou com O Homem do Nilo, de Sergio Toppi e seguiu com O Homem da Legião, de Dino Battaglia, O Homem do Caribe, de Hugo Pratt, O Homem da Zululândia, de Gino D’Antonio, O Homem das Pirâmides, de Enric Siò e O Homem de Chicago, de Giancarlo Alessandrini.

Anos sem aparecer, somente em 2022 a coleção voltou ao mercado brasileiro através do selo Tortuga, da Memy Media. A editora republicou o Homem de Chicago em formato italiano na primeira edição da Biblioteca Bonelli, que depois trouxe histórias da série Le Storie. O Homem de Chicago não precisou ser negociado com quem detém os direitos da obra, pois a Bonelli republicou algumas edições de Um Homem, Uma Aventura na série Le Storie Cult. A edição da Memy é baseada na Le Storie Cult #111, com seis histórias de Alfredo Castelli. Outra edição que trouxe histórias da coleção foi a Le Storie Cult #108 onde foram publicadas duas histórias de Gino D’Antonio e Ferdinando Tacconi, O Homem do Deserto e O Homem de Rangoon.

O Homem de Chicago – Roteiro de Alfredo Castelli com desenhos de Giancarlo Alessandrini

No vácuo provocado pela Justiça corrupta que não ordenava a prisão dos poderosos gângsteres que a alimentavam, nasceram as “sociedades secretas”. Vigilantes civis em uma guerra privada contra os chefões do crime. “The Secret Six”, os seis desconhecidos, foi a mais famosa e misteriosa delas, na Chicago sem lei dos anos 1920.

E em 2024, o grande retorno da série. Primeiramente em fevereiro, quando a Editora Figura lançou, no sexto volume da Coleção Toppi, três volumes da coleção Um Homem, Uma Aventura na edição intitulada Revolucionários. Foi republicado O Homem do Nilo, que já havia saído pela Ebal, e os inéditos O Homem dos Pântanos e O Homem do México.

O Homem do México – Roteiro de Decio Canzio com desenhos de Sergio Toppi

Holly McCallister é uma jovem repórter de cinema que segue o pelotão de Pancho Villa para documentar suas façanhas lendárias. Um dia de maio, após o ataque a um trem, o grupo encontra um agente secreto americano, Jimmy Nolan. Ele traz consigo uma carta do governo americano, que afirma que os Estados Unidos estão dispostos a fornecer apoio logístico à causa dos revolucionários. Zapata, pessoa inteligente e reservada, rapidamente se torna amigo de Holly depois que o jovem responde na mesma moeda a uma provocação de Villa, com quem o revolucionário não se dá muito bem. Depois de alguns dias, Zapata decide aceitar as ofertas de Nolan: porém, quer mostrar ao americano a causa pela qual seu país lhe apoia e, portanto, leva-o para testemunhar a sangrenta expropriação de uma fazenda.

O Homem dos Pântanos – Roteiro e desenhos de Sergio Toppi

Erastus Whiteman, um ex-escravizado negro nascido de pele clara que graças a isso consegue fazer carreira como suboficial do exército do Norte, é denunciado por um oficial rude e racista que o deporta enquanto espera para ser julgado por uma corte marcial. Mas durante a viagem ele será poupado pelo líder de uma tribo de indígenas Seminoles cuja vida ele já salvou. Graças à essa ajuda, Whiteman poderá se livrar do uniforme e recuperar a liberdade.

O Homem do Nilo – Roteiro de Decio Canzio com desenhos de Sergio Toppi

Em dezembro de 1884, a capital do Sudão, Cartum, controlada pelos britânicos encontra-se sufocada pelos sudaneses liderados pelo “bem guiado” Mahdi. Neste ponto entra o jovem repórter de guerra Bob Wingate, vai ao local entrevistar o General Gordon que resiste em Cartum. O propósito da história é mostrar “o que aconteceu de verdade”, de como os mahdistas conseguiram dominar Cartum e matar o General Gordon. Oferecendo uma versão, incrivelmente retratada por Toppi, deste grande mistério da História.

Em maio, a Editora Trem Fantasma e o selo Lorobuono Fumetti realizaram uma campanha através do Catarse para o lançamento de O Homem de Canudos, com argumento, roteiro e diálogos por Wanderley Diniz e desenhos e cores por Jô Oliveira. A única edição escrita e desenhada por brasileiros da coleção. A campanha foi bem sucedida e em breve as edições chegarão aos apoiadores.

O Homem de Canudos – Roteiro de Wanderley Diniz com desenhos de Jô Oliveira

No final do século XIX o sertão nordestino era assolado por seca, fome e violência. Após ver sua família ser morta por jagunços, Pedro se encontra em uma sinistra espiral de vingança e redenção, até que seus passos cruzam com os de Antônio Conselheiro. Naqueles dias, “o sangue correrá como rio no sertão” e as forças da recém instaurada República avançam sobre o “messias de Canudos” e seus seguidores. A história mostra Pedro tentando sobreviver ao embate que marcou para sempre a História do Brasil.

Neste mês de junho foi lançado pela Editora Comix Zone Odisseias Iniciáticas, obra que reúne duas obras de Milo Manara, O Homem de Papel e O Homem das Neves, esta última lançada na coleção Um Homem, Uma Aventura, em novembro de 1978.

O Homem das Neves – Roteiro de Alfredo Castelli com desenhos de Milo Manara

Uma expedição inglesa, liderada pelo coronel Charles Howard-Bury, tentou chegar ao cume do Everest em 1921. A quase sete mil metros foram encontradas estranhas pegadas, que pareciam pertencer a um animal gigantesco: os sherpas recusaram-se a continuar por medo de um ser que chamam de “metch kangmi” ou “repugnante boneco de neve”. A partir daí, a lenda do Yeti começou a se espalhar. O protagonista da história é Kenneth Tobey, jornalista do Daily Telegraph que escreveu o artigo inspirado no envio dos montanhistas ingleses. Keneth teve a oportunidade de se juntar à expedição para subir o Everest, mas foi interrompida por uma avalanche e ele precisou encontrar refúgio em um mosteiro budista. A história mostra a tentativa de fuga do mosteiro e os perigos que a montanha oferece a quem desafia seu isolamento extremo.

Em 2025, ainda não anunciado pela editora que terá o nome aqui preservado, será lançado O Homem das Filipinas com Ivo Milazzo nos desenhos e Giancarlo Berardi no roteiro. Dupla que criou Ken Parker.

O Homem das Filipinas – Roteiro Giancarlo Berardi e desenhos de Ivo Milazzo

Após a Guerra Hispano-Americana de 1898, as Filipinas ficaram sob o controle dos Estados Unidos, e é nesta época que se passa o enredo deste volume. O presidente William McKinley e seu vice Theodore Roosevelt decidiram enviar 120 mil soldados para conter as revoltas em busca de independência. Um civil nova iorquino, James Stappleton desembarca na ilha para ajudar o Coronel Harris, que tentava iniciar uma negociação de paz.

A coleção ainda contém várias pérolas não conhecidas pelos brasileiros como O Homem de Pskov, de Guido Crepax, que conta a história do tenente Aleksei Orlov. A história explora a marcha do General Yudenic, do Exército Branco com o objetivo de conquistar Moscou durante a Guerra Civil Russa de 1918.

A Pipoca & Nanquim está publicando uma Coleção Crepax, negociando diretamente com os espólios das obras do italiano, porém ela segue a coleção da Fantagraphics que até o momento já chegou à oitava edição, sem republicar O Homem de Pskor. Crepax também publicou O Homem do Harlem em 1979 para a coleção Um Homem, Uma Aventura.

O Homem da Nova Inglaterra, de Dino Battaglia que conta a história de Christopher Nightly, um jovem entusiasta de caça, forçado a deixar a Inglaterra às pressas devido a um jogo de cartas que terminou mal. Viaja até Boston onde acaba vivendo desventuras na América durante o período colonial, enfrentando ataques indígenas e precisando sobreviver nas imponentes florestas coníferas.

O Homem do Sertão, com roteiro e arte de Hugo Pratt traz uma história desafiadora e surreal ambientada em 1938 no Nordeste brasileiro. A região muito pobre vive em meio ao conflito dos cangaceiros e os soldados do governo. A jovem e selvagem Satãnhia é namorada de Gringo Vargas, um dos líderes rebeldes, e é irmã de Sabino, que trai seus companheiros e provoca a morte de Gringo e de todos os cangaceiros. Gringo Vargas só poderá ir em paz ao reino dos mortos se conseguir se vingar matando o traidor Sabino. Mas Sabino é morto pela irmã, Satãnhia. Um drama que envolve amor e tradições em uma história muito bem elaborada por Pratt.

E um dos mais incríveis títulos da coleção, O Homem de Iwo Jima, de Gino D’Antonio, autor de História do Oeste recém lançado pela Editora Saicã. A edição traz a história de Joe, um soldado que está na ilha de Iwo Jima nos primeiros meses de 1945, durante a Segunda Guerra Mundial. Joe se junta a um pelotão liderado pelo Sargento Stagg, um homem cínico e um fanático belicista. O objetivo deles é conquistar o Monte Suribachi, reduto do exército japonês. Uma missão brutal que representará uma luta contínua de Joe contra seus princípios.

A coleção ainda conta com obras de Ferdinando Tacconi, Attilio Micheluzzi, Bonvi, Renato Polese e até do próprio Sergio Bonelli e Aurelio Galleppini. Quem sabe nos próximos anos tenhamos a chance de adquirir toda essa histórica coleção, independente de quantas editoras forem publicar.

 

Bonelli lança adaptação em quadrinhos de O Deserto dos Tártaros

A editora italiana Sergio Bonelli Editore lançou a versão em quadrinhos do livro “O Deserto dos Tártaros”, obra prima de Dino Buzzatti. O quadrinho é adaptado por Michele Medda (co-criador de Nathan Never) com desenhos de Pasquale Frisenda (Tex – Patagônia, publicado pela Mythos; e Sangue e Gelo publicado pela Trem Fantasma). A edição foi publicada em capa dura com 176 páginas no formato 22×29,7 cm (formato BD – Bande Dessinée como Asterix).

O livro, “O Deserto dos Tártaros” foi publicado em 1940 durante a Segunda Guerra Mundial. É o terceiro romance de Dino Buzzati e é o que marca a sua consagração entre os grandes escritores italianos do século XX.

Ambientada em uma cidade imaginária que lembra a Áustria do século XIX, a trama conta a vida do segundo-tenente Giovanni Drogo a partir do momento em que ele se torna oficial e é designado para a Fortaleza Bastiani, local muito distante de sua casa.

A Fortaleza, último posto avançado na fronteira norte do Reino, domina a planície desolada chamada “deserto tártaro”, outrora palco de incursões desastrosas daquela misteriosa população.

Mas durante muitos anos nenhuma ameaça apareceu nessa frente. A Fortaleza, hoje esvaziada da sua importância estratégica, continua a ser apenas um edifício em cima de uma montanha solitária, e da qual muitos desconhecem a sua existência.

O jovem oficial em breve se deixará assimilar pelos rituais militares que organizam o quotidiano da Fortaleza e dos seus ocupantes, e que determinam os seus comportamentos e relações, na eterna espera de um acontecimento heróico e glorioso, talvez uma invasão, ou uma batalha final da qual todos poderão obter glória e prestígio.

Simbolicamente, a Fortaleza representa as pessoas que tem esperança num futuro indefinido mas que ainda espera-se que seja melhor que o presente, e os tártaros, por outro lado, são talvez os fantasmas mais pessoais, medos não superados que acompanham pelo resto da vida. Os tártaros, a população nômade da Ásia Central às vezes identificada como mongóis, na verdade nada têm a ver com o romance. Buzzati usa o nome para evocar a ideia de uma ameaça militar, de uma invasão de um exército ou de um povo desconhecido.

Com um estilo muito evocativo, cheio de mistérios e visões, Buzzati conduz o leitor a um espaço fantástico e surreal. Uma repetição imóvel e estéril de dias, que escorrem como grãos de areia na palma da mão, torna-se o símbolo do drama existencial: a certeza de anular-se na própria existência. Não se pode opor-se ao vento do deserto e ao fim que espera a todos.

A Bonelli lançou no Youtube um trailer da obra:

Panini anuncia Tex O Retorno de Lupe

A Editora Panini anunciou para o mês de agosto o lançamento da edição Tex – O Retorno de Lupe, que fará parte da coleção Biblioteca Tex. A Editora já lançou até agora quatro volumes desta coleção e dois volumes de Tex Willer, todos em capa dura e formato americano. Mas diferente destas edições, onde todas são coloridas, O Retorno de Lupe será em preto e branco.

Publicada originalmente em 2017 na Tex #682 e #683, O Retorno de Lupe saiu no Brasil ainda em formatinho pela Editora Mythos em Tex #582 e #583 (A Prisioneira do Deserto), em 2018. Essas edições nunca foram publicadas em outro formato na Itália, somente na mensal. A Panini irá publicar em 224 páginas as duas edições que compõem a história completa.

Com roteiro de Mauro Boselli e desenhos de Alessandro Piccinelli, a capa é de Claudio Villa. Esta é mais uma aventura onde revisitamos antigos personagens do passado de Águia da Noite. Boselli, editor de Tex, criador da série Tex Willer Jovem, já havia recuperado figuras como Yama, Jehtro Stevens e chegou a vez de Lupe Velasco.

A mexicana foi criada por Gianluigi Bonelli e Aurelio “Galep”Galleppini nas primeiras histórias de Tex. Uma garota charmosa e determinada e segundo o próprio Tex, com uma “cabecinha maluca”, mas muito capaz de cuidar de si. Tex conheceu Lupe antes mesmo de encontrar seu grande amor, Lylith.

Uma das edições onde Lupe aparece pela primeira vez.

O que não se sabe é que após a morte de Lylith, Tex reencontrou Lupe. Este acontecimento ocupa quase inteiramente a primeira parte da história criada por Boselli, que remonta um período em que Tex retomou uma vida errante, indo em direção ao México. No presente, porém, a jovem Luz, filha de Lupe, é encontrada quase morta no deserto. Na segunda parte da história descobrimos que ela foi até Tex e seus pards para pedir ajuda em um assunto que diz respeito a Lupe, o que os leva a enfrentar um rancheiro que exerce seu poder com punho de ferro.

A primeira parte é ocupada por um longo flashback onde Tex conta aos curiosos pards seus momentos com Lupe, e a segunda parte acontece quase inteiramente no presente e mostra o que aconteceu com Lupe e seus filhos nos últimos anos. A obra de Boselli transita entre os diversos planos temporais sem causar dor de cabeça ao leitor e demonstra cuidado extremo e notável atenção à dinâmica entre os personagens.

Os filhos de Lupe, Ruben e Luz, tem um desenvolvimento muito bem construído. Mas o grande momento da história é o reencontro entre Tex e Lupe. A importância das figuras femininas também é ressaltado ao longo da trama, algo que Boselli regularmente traz em seus roteiros.

Sem sombra de dúvida os desenhos de Alessandro Piccinelli é decisivo para a história. Seu estilo satisfaz e entusiasma até os leitores mais exigentes e amantes de histórias clássicas. Piccinelli já provou que é herdeiro do inesquecível Gallieno Ferri em suas capas de Zagor. Em O Retorno de Lupe ele domina a história com seu traço, capaz de transmitir as emoções e a força das cenas criadas por Boselli.

Esta edição confirma, mais uma vez, que a série regular de Tex é garantia de qualidade, difícil de contestar, onde surgem grandes clássicos a todo momento.

 

Mythos organiza tarde de autógrafos com Pedro Mauro

A Editora Mythos realizará em sua loja em São Paulo, a Mundo Mythos, uma tarde de autógrafos com o desenhista brasileiro Pedro Mauro. O evento chamado “Café com Desenho na Mundo Mythos!” comemora o lançamento da Tex Especial Colorida #18, edição que traz a primeira história de Tex desenhada por um brasileiro.


Lançada em novembro de 2023 na Itália, a Color Tex #24 trouxe a história “Noite Longa em Cayote”, com roteiro de Mauro Boselli e desenhos de Pedro Mauro. Em 75 anos do personagem, essa foi a primeira vez que um brasileiro o desenhou para a Sergio Bonelli Editore. Tex foi criado por Gianluigi Bonelli e Aurelio Gallepini em 1948 e em 1951 já estava sendo publicado no Brasil.
De início era chamado Texas Kid na Revista Junior, que saia pelo jornal O Globo em formato tiras em talão de cheque. Desde 1971 é publicado ininterruptamente por quatro editoras diferentes, Vecchi, RGE, Globo e pela Mythos desde janeiro de 1999.

Página desenhada por Pedro Mauro.

Pedro Mauro iniciou a carreira na década de 1970 fazendo quadrinhos de faroeste para a Editora Taika. Depois migrou para o mercado publicitário retornando aos quadrinhos em 2014 onde, pela Editora italiana Sergio Bonelli desenhou duas edições de Adam Wild (no Brasil publicada pela Editora Saicã). Depois fez Mugiko (Trem Fantasma) e quadro episódios da série Primavera de 78 (Lorobuono Fumetti/Editora85), todas com roteiros de Gianfranco Manfredi.

Neste período ilustrou também um álbum da série “L´art du Crime”, de Marc Omeyer e Olivier Berlion para a Editora Glénat (França).
Entre 2017 e 2019, Mauro lançou independentemente a trilogia “Gatilho” (“Gatilho”, “Legado” e “Redenção”) com roteiro de Carlos Stefan. Em 2021, a trilogia foi lançada em cores pela Editora Pipoca e Nanquim em uma edição definitiva compilada. Também pela Pipoca repetiu a parceria com Manfredi em O Procurador (2022). Mauro também colaborou com sua arte para um projeto da DC, Batman: O Mundo, publicada no Brasil pela Panini Comics.
O convite para desenhar Tex veio do próprio editor italiano do cowboy, Mauro Boselli, onde, junto ao jornalista Thiago Gardinalli, Pedro Mauro foi até a sede da editora em Milão assinar o contrato.


A edição especial colorida de Tex, parada desde 2021, retornou em maio para trazer a história do brasileiro. Para comemorar, no dia 8 de junho, às 14h30, será realizado um café para recepcionar os leitores, editores e o desenhista na loja Mundo Mythos localizada na Galeria Ouro Velho, R. Augusta, 1371 – Sobreloja 01 – Consolação, em São Paulo.


Será disponibilizada para venda uma limitada edição com sobrecapa da Tex Especial Colorida #18, com uma arte única de Pedro Mauro e com espaço para autógrafos e sketches.

Artes Originais de Pedro Mauro para a edição. Fotos de Ricardo Elesbão:

O Retorno de El Diablo

A Edição #67 de Tex Willer, publicada em maio na Itália, marca o retorno de um adversário que não era visto há mais de 75 anos. El Diablo! Uma das primeiras histórias escritas por Gianluigi Bonelli com desenhos de Aurelio “Galep” Gallepini.

A história intitulada El Diablo, escrita por Mauro Boselli com desenhos de Bruno Brindisi, é um verdadeiro remake da história original, tanto é que o próprio Bonelli é creditado entre os autores.

A primeira vez que El Diablo apareceu foi em 1948 no número #8 da série de tiras em talão de cheque de Tex. A história começa imediatamente após a derrota da gangue Mão Vermelha. Tex, que ainda era considerado um fora da lei, vagava pela fronteira do Rio Grande e se depara com uma fazenda em chamas repleta de cadáveres. Lá, ele encontra uma placa que dizia: “É assim que acabam todos aqueles que querem desafiar El Diablo, por não pagarem as suas dívidas ao Rei da Fronteira”.

Tex decide vingar os mortos e antes de ir embora deixa outra placa: “El Diablo mata. Tex Willer vingará”. Colaborando com um Texas Ranger, Tex descobre o paradeiro de El Diablo e confronta o bandido mexicano. A situação complica-se quando surge a filha do vilão, Florecita que é raptada por um sequestrador de meninas. Tex, junto aos Texas Rangers vai ao resgate da menina em sua primeira missão como Ranger.

A história original de El Diablo foi publicada no Brasil na série Júnior 35 do O Globo, na Tex Coleção n.1, em Grandes Clássicos do Tex n.3, na Tex Edição em cores n.1 e no Tex Omnibus n.1.

El Diablo mostrou-se fundamental para a evolução de Tex e a nova história promete se aprofundar nos personagens de El Diablo e Florecita, seguindo a trama traçada por Bonelli há mais de 75 anos, além de dar um destino à menina, que na versão original nunca mais foi vista.

A capa também traz algo especial, já que Maurizio Dotti aproveita uma cena que Galep havia desenhado de um duelo em um bar e amplia, oferecendo outro ângulo para a ação.

Mauro Boselli chegou a uma fase das histórias da juventude de Tex Willer  que alcança as primeiras histórias do personagem criadas por Gianluigi e Galep. Na edição #64, publicada em fevereiro, trouxe outro remake com a história “Os cinco dedos da Mão Vermelha”.

A Mão Vermelha é a gangue que Tex enfrenta em sua segunda aventura, depois intitulada “O Totem Misterioso”. Publicada em 1948 quando a Bonelli ainda se chamava Edizioni Audace. A Tex Willer #64 marca o início de uma fase de mudança para a série Tex Willer, onde revisitaremos grandes momentos do cowboy, que em breve se tornará o ranger que conhecemos.

No Brasil, a série Tex Willer é publicada pela Editora Mythos. Até a edição 46 era publicada em uma edição mensal de 68 páginas. Depois dessa edição começou a compilar mais de uma edição italiana em uma edição bimestral que varia entre 128 a 196 páginas. Além do tamanho, o papel da edição foi alterado de papel jornal para papel off-set. A última edição, número 52, foi publicada em maio com o título “O Poste da Morte”.

A próxima edição tem lançamento previsto para agosto e trará a edição #64 italiana mencionada anteriormente.

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