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Divulgada a capa do crossover entre Flash e Zagor

Foram divulgadas as capas do crossover entre Flash e Zagor em mais uma parceria entre a DC Comics e a Sergio Bonelli Editore. A arte da capa foi realizada por Carmine Di Giandomenico e, em 10 de dezembro será publicado o número Zero, escrito por Giovanni Masi e Mauro Uzzeo, com desenhos de Davide Gianfelice. O título da edição será “The Hatchet and the Lightning” (“A Machadinha e o Relâmpago”).

Distribuição da Bonelli em bancas está ameaçada

O ano de 2020 não está fácil para ninguém. A pandemia acelerou processos de comunicação e trabalho, e a compra de quadrinhos online teve um aumento significativo, porém outros setores que já não estavam bem sofreram uma aceleração em seu desgaste e tendem a piorar ou se encerrar, como a venda em bancas de jornal.

A Dinap e a Treelog, empresas integrantes do Grupo Abril, responsáveis pela maior parte da distribuição de revistas no país informaram às editoras no dia 6/11 estar rompendo unilateralmente todos os contratos de distribuição nas modalidades consignação praticados nas últimas décadas. O motivo alegado é a retração provocada pela pandemia de Covid-19.

Os leitores Bonelli que costumam comprar as edições da Mythos e Salvat em banca, podem não encontrar Tex no início de 2021.

Esta situação ligou um alerta na Editora Mythos que distribui grande parte dos seus quadrinhos para todo o Brasil usando exclusivamente a Dinap/Treelog. No TexWillerBlog, o Editor e sócio/proprietário da Mythos, Dorival Vitor Lopes comentou que a editora está em busca de novos distribuidores.

“Gente, tenho uma péssima notícia… a Dinap – única distribuidora a nível nacional – está para encerrar as atividades. Estamos procurando distribuidores, mas até agora só achamos dois que fazem apenas São Paulo e Rio. Queremos alternativas para as outras regiões do Brasil, mas até agora não temos. Ainda não é oficial, por isso, rezem pra todos os santos pra Dinap continuar”.

E Dorival complementou que as vendas pela internet irão se intensificar cada vez mais, “de qualquer forma, quem puder comprar pela internet, não deve esperar mais: nosso site está cada vez melhor, com muitas ofertas, e como eu já informei, temos um novo galpão de 500 m2 pra atender os pedidos”. As compras pelo site da Mythos são entregues usando os serviços dos Correios.

Com a Mythos parando de usar os serviços de distribuição da DINAP/Treelog, muitos leitores podem deixar de comprar em bancas as revistas Tex, Tex Gigante, Tex Platinum e Ouro, além de outras edições publicadas pela editora. Existem leitores que somente compram Tex em banca e nunca compraram revistas online.

Situação da Distribuição em Bancas e Comunicado da DINAP

COMUNICADO DINAP:

Caras Jornaleiras e Jornaleiros!

Na última 6ª feira a Dinap/Treelog enviou um comunicado aos Editores informando que cessará a prestação de serviços em consignação a partir de 2021, por desequilíbrio financeiro entre os custos de distribuição, obstáculos operacionais ocasionados por medidas restritivas e as receitas que declinaram durante a pandemia.

É importante esclarecer que esta decisão não representa o encerramento da operação da Dinap/Treelog, que continuará distribuindo revistas impressas da Editora Abril para os pontos de venda. Não haverá desmobilização da empresa, portanto todas as operações fiscais e financeiras (Contas a Pagar e Contas a Receber) continuarão normalmente.

As revistas fazem parte da história da DINAP, levando cultura, entretenimento e conteúdo de qualidade aos leitores por intermédio dos pontos de vendas e pretendemos continuar com esta missão.

Agradecemos a compreensão e continuamos emprenhados em servir com soluções que sejam sustentáveis para prosseguir com a prestação de serviços.

Atenciosamente

Equipe Dinap

Hoje, o jornaleiro recebe as revistas em consignação. Vende a revista e fica com 30% do valor de capa. 70% é pago à distribuidora. Esta porcentagem varia dependendo da negociação com a distribuidora, a grande maioria não chega a receber 30%. As revistas que não foram vendidas são trocadas por revistas novas. O comunicado da DINAP destaca que a empresa” cessará a prestação de serviços em consignação a partir de 2021”. Embora não se saiba ainda de possíveis alternativas para os jornaleiros face a situação, uma das alternativas é a de que o jornaleiro compraria a revista por 70% do preço de capa, se vender ganha 30%, se não vender fica com a revista em banca.

Este modelo já é realizado por algumas Comic Shops nacionais, que também negociam diretamente com as editoras (Devir, Panini, Mythos) sem usar o modelo de consignação. O que não vender no momento, continua à disposição, não é recolhido.

Se o jornaleiro já tem um público cativo, isto pode não ser problema, porém a porcentagem deve ser renegociada, já que a distribuidora terá menos trabalho e as editoras terão perda zero. Em um mercado já fragilizado, o jornaleiro terá que ter um bom caixa para bancar as compras, o que irá reduzir a oferta e impactar em toda a cadeia produtiva como Editora e Gráfica.

No comunicado, a DINAP também esclarece que, “continuará distribuindo revistas impressas da Editora Abril para os pontos de venda”. A DINAP pertence ao Grupo Abril e é natural que mantenha este comportamento. Metade da receita do Grupo Abril vem de seu negócio de mídia, a Editora Abril. A outra metade, de seus negócios de logística, a DINAP/Treelog, que entrega revistas e a Total Express, que entrega encomendas.

O Grupo Abril se arrasta em uma crise há anos estando em recuperação judicial com uma dívida que chega a R$ 1,6 bilhão. Em 2018, o então presidente da Abril, Marcos Haaland em entrevista à Istoé Dinheiro já dava uma ideia do enorme problema que era a Dinap. “Importante destacar que boa parte do problema da Abril está na Dinap. O modelo de negócio não é sustentável. A Dinap, quando faz o recolhimento do que foi vendido, repassa o dinheiro para as editoras e fica com uma parte como remuneração. O que não é vendido, a Dinap recolhe e devolve às editoras, sem cobrar nada por isso. Então, ela faz um serviço de levar e buscar sem ser remunerada. E o custo logístico é imenso. O segundo problema é que a Dinap absorvia a inadimplência da cadeia. O que não recebe dos distribuidores, cobre e paga às editoras. Então, o rombo da Dinap é gigantesco”. Na época foram demitidos 800 funcionários do grupo Abril, várias revistas encerradas e inclusive a linha Disney foi descontinuada e seus direitos foram adquiridos pela Culturama e Panini Comics.

Em 2019 o Grupo Abril foi vendido e quem assumiu a presidência foi Fábio Carvalho, especialista em assumir empresas em dificuldades.

A Pandemia e a busca por soluções

Em nota enviada às editoras, a Dinap/Treelog destacou que a grande culpada pelo rompimento de contratos por consignação é a pandemia de Covid-19. “A pandemia gerou uma disruptura sistêmica na cadeia de distribuição, atingindo de forma dramática a estrutura em que se assenta o negócio da Dinap/Treelog de distribuição de revistas e congêneres, mediante redução drástica da receita de parte substancial das vendas, ocasionada pela queda na circulação de pessoas nos canais de vendas, oriunda de medidas governamentais de distanciamento”, e reiterou, “apesar de todos os esforços feitos para a regularização da rede de distribuição, a Dinap/Treelog não passou incólume pelos efeitos devastadores e sem precedentes que a pandemia do Covid-19 provoca e continuará provocando pelos próximos meses”. Segundo algumas fontes, esta mudança da Dinap/Treelog será irreversível.

Em outubro deste ano, a DINAP já havia emitido um comunicado relacionado à Editora Globo, onde anunciou que deixou de distribuir publicações da mesma, como Época, Marie Claire, Globo Rural, Autoesporte, Vogue, entre outros títulos. As edições foram recolhidas até o final de outubro.

Em abril, devido à pandemia, a Editora havia suspendido a produção impressa de suas revistas, menos Época por ser focada em noticiário e Marie Claire por ser bimestral e retornou apenas em julho. A Editora afirmou que ainda era seguro continuar lendo o impresso, porém o medo da contaminação das revistas, ao serem colocadas no chão da rua pelas equipes de distribuição, ou nos corredores dos prédios dos assinantes, levou a que muitos assinantes suspendessem suas assinaturas.

Após a DINAP encerrar a distribuição, a Editora Globo começou a usar os serviços da Distribuidora Brancaleone.

Em 2017 a Editora Panini, responsável por publicar quadrinhos no Brasil da Maurício Produções, Marvel e DC parou de distribuir pela DINAP/Treelog e iniciou um serviço próprio de distribuição.

E a Mythos?

A Mythos mesmo vendo a DINAP ruir há anos não deixou de usar o serviço, pois há leitores Bonelli em muitos cantos do Brasil que somente a distribuidora poderia chegar. Ela vem trabalhando em deixar cada vez melhor as vendas pelo site, mas ainda gera reclamações por parte dos leitores que compram online, em especial devido ao processo de entregas.

Porém outro fator que atrapalha o crescimento das vendas pelo site é o frete que se torna muito alto dependendo da quantidade e distância que será entregue. Por usar os Correios, a Mythos se coloca na posição desconfortável de ter que depender dos valores aplicados pela instituição.

Neste mês de novembro por exemplo, onde está acontecendo uma ótima campanha de Black Friday, muitos leitores reclamam que ao chegar ao final da compra o valor do frete encarece demais e assim acabam desistindo. É necessária a fidelização dos clientes para que, caso haja problemas na distribuição em 2021, exista outra alternativa para vender os quadrinhos Bonelli para todo o Brasil.

E a Salvat?

A Editora Salvat publica Tex Gold e também pode sofrer mudanças devido à estas alterações em relação aos consignados pela DINAP/Treelog, já que suas coleções são distribuídas pela mesma. Lembrando que em 2018 a editora parou de distribuir por um tempo pois o cronograma de distribuição da DINAP havia parado. A distribuição parou em agosto e retornou somente em novembro de 2018.

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Aos Bonellianos resta aguardar e acompanhar os próximos passos da Editora Mythos e que não falte Tex para os leitores em 2021.

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As fontes das informações estão linkadas ao longo da matéria.

Foto de Capa José Carlos Francisco.

Pedro Mauro, Desenhista Brasileiro da Bonelli, Comemora 50 Anos de Carreira Com Lançamento de um Livro

Por: Ricardo Elesbão Alves (Confraria Bonelli) e Renato Frigo (Colecionadores de HQs)

Em 1970 vivíamos anos de chumbo no Brasil da Ditadura Militar. As bancas de revistas eram repletas de gibis de cowboys pasteurizados, desenhados com traços limpos e atitudes pudicas, derivados de “Faroestes B” dos cinemas e das séries pueris da TV, aqui difundidas desde a década de 1950.

Então, de repente, surgiu um menino, Pedro Mauro, com seus faroestes estampando aventuras e cenários realistas, rudes e poeirentos, com personagens sujos e sarcásticos, mocinhas lindas com jeito de hippie. E mexicanos, muitos mexicanos. Tal qual nos filmes Spaghetti Western que tomava as salas de cinema naqueles anos, formando uma nova legião de público. Pancho foi o herói apresentado por Pedro Mauro. Na verdade, um anti-herói, porque não se importava em ser bom nem justo. Mas apreciava uma vingança e não tolerava hipocrisia. Filosofia dos protagonistas dos demais bangue-bangues do artista.

Iniciativa Da Editora Bonelli Oferece Quadrinhos Gratuitamente

TEXTORafael Machado (Quinta Capa)

Um Bonelli por DiaA partir desta segunda-feira, 23 de março, a Sergio Bonelli Editore decidiu propor uma nova iniciativa dedicada a todos os seus leitores. Como parte da iniciativa #aCasaConBonelli, em que a editora se propõe a oferecer entretenimento e conteúdo on line em tempos de pandemia do coronavírus, será possível baixar gratuitamente uma série de 14 histórias em quadrinhos na versão digital. Um por dia durante duas semanas, cada um disponível por 24 horas.

O que esperar de Zagor em 2020 na Itália e Brasil

Goste ou não, Zagor é um personagem que cativa seus leitores. Tem uma legião de fãs na Itália e no Brasil também possui seguidores aficionados pelo personagem. Ele é um personagem de western que habita na lendária Floresta de Darkwood atuando em aventuras com seu inseparável amigo Chico.

Zagor possui extraordinários reflexos e dotes atléticos e é extremamente hábil no uso de sua machadinha. Os seus feitos, além da impressão causada por suas vestes e por seu grito de guerra (um característico “AAHHYAAKK!”) o fazem ser considerado pelos índios como uma espécie de semi-deus enviado por Manitu.

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