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Dylan Dog Omnibus: O Fantasma de Anna Never

História publicada apenas na edição da Record, em 1991.

Depois de Zumbis, assassinos, lobisomens, Sclavi nos traz neste quarto volume de Dylan Dog uma história de fantasmas. Mas não é qualquer fantasma, é O Fantasma de Anna Never. Uma história densa, que vai além do normal, extrapola a realidade, trazendo o horror real que é a marca registrada das excelentes histórias do Investigador do Pesadelo.

A Confraria Bonelli está realizando matérias especiais sobre cada história que sairá no Omnibus de Dylan Dog publicado pela Editora Mythos. Com o intuito de aprofundá-las através das várias referências ao cinema e à cultura geral presentes na obra de Tiziano Sclavi.

Para cada matéria foi criado um cartaz de filme, do qual tem alguma relação com a história mencionada. Mas em “O Fantasma de Anna Never”, o cartaz do filme inspirado nada tem a ver com a trama, somente a participação da atriz, Jessica Lange, que inspira Corrado Roi a criar sua Anna Never.

Roi se inspirou em Jessica do filme “All That Jazz – O Show Deve Continuar” (1979). Eu usei o cartaz do filme “Frances” (1982), que tem uma aura mais fantasmagórica.

 

Dylan Dog – O Fantasma de Anna Never. Publicado originalmente em Dylan Dog – Il Fantasma di Anna Never em 1º de janeiro de 1987. Roteiro de Tiziano Sclavi, arte de Corrado Roi. Capa de Claudio Villa.

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Álcool, solidão, loucura… a mente do ator Guy Rogers está lentamente se desintegrando. Delírios o assombram noite e dia, especialmente com aquele fantasma… o Fantasma de Anna Never! Dylan e Groucho buscam uma explicação racional para os sonhos de Guy, amigo de Dylan e ator de filmes B que faz um tratamento contra o alcoolismo e tabagismo, motivos que levam o detetive a questionar os tormentos de Rogers. Aos poucos realidade e fantasia começam a se confundir em algo mais obscuro.

Sclavi, para o quarto volume de Dylan Dog, usou como obra de referência o romance “Eu sou Helen Driscoll”, de Richard Matherson. Citado por Dylan na página 89. O Investigador pergunta a Guy Rogers: “Lembra daquele romance que te emprestei?”, “Aquele sobre hipnose e fantasmas?”, pergunta Guy.

Em “Eu sou Helen Driscoll” temos Tom, que vive tranquilamente na California com sua esposa Anne e seu filho, Richard. Uma noite, ele vai a uma festa com sua família, seus vizinhos e seu cunhado Phil. Este último, para animar a noite, afirma ser capaz de hipnotizar qualquer pessoa e depois fazê-la realizar atos que nunca faria enquanto estivesse acordado. O próprio Tom é escolhido como cobaia para o experimento de Phil.

Tom acorda e descobre que foi hipnotizado por Phil e fez algumas coisas ridículas. A noite termina e Tom fica envergonhado com o que pode ter feito sob hipnose. Mas naquela noite, enquanto tentava adormecer, Tom tem uma visão: há uma mulher transparente na sala. Quando tenta convencer os outros de que viu um fantasma, ninguém acredita. E para piorar, ele parece começar a antever alguns infortúnios que irão acontecer.

Ele descobre que após acordar da hipnose sua mente se transformou em um canal aberto para ondas telepáticas e que pode ler pensamentos e prever tragédias. Sua vida é perturbada por crises frequentes e quase todas as noites ele sente a presença do fantasma.

A fantasia do cinema

Como Guy é um ator, surgem várias referências cinematográficas. A cena em que Guy aparece em um castelo iluminado por raios ao fundo e uma carruagem conduzida por cavalos pretos, refere-se aos muitos filmes sobre vampiros. Como por exemplo, “The Fearless Vampire Killers” (A Dança dos Vampiros), de 1967, dirigido por Roman Polanski.

Cena de “The Fearless Vampire Killers”.

“Prever” os acontecimentos surge logo no início da história, quando Guy descobre que Anna Never não é apenas o fantasma que viu, ela é uma atriz que trabalhará com ele no filme “Terror and Horror”.

Pinewood Studios, onde Guy e Anna Never trabalham, são os famosos estúdios de produção cinematográfica localizados próximos a Londres. Inaugurados em 1936 e ainda em atividade, o estúdio já recebeu muitas produções importantes, britânicas e internacionais. Entre elas a franquia James Bond e Superman de Richard Donner.

Christopher Reeve no Pinewood Studios.

A cena da fachada da casa, caindo sobre Dylan o deixando ileso é uma famosa piada do cinema mudo, repetida à exaustão em muitos curtas de animação. Mas foi no filme Steamboat Bill Jr. (Marinheiro de Encomenda) (1918), dirigido por Charles Reisner e Buster Keaton, onde surgiu a cena, interpretada pelo próprio Keaton.

Ao sair dos estúdios, Groucho usa uma máscara do Yoda, de Star Wars. Por coincidência Anna Never foi publicado em 1987, e em 2012 todos os filmes de Star Wars começaram a ser filmados no Pinewood Studios.

Em seu escritório, Dylan ouve a música “Bye, Bye Life”, trilha sonora do filme musical, “All That Jazz – The Show Goes On”, de Bob Fosse.

Roi pode ter se inspirado para sua Anna Never nas feições da atriz Angélica, interpretada pela atriz Jessica Lange. Famosa por atuar em King Kong, de 1976 e mais recentemente na série American Horror Story.

Jessica Lange em All That Jazz.

No primeiro encontro com Guy, Anna confunde o ator com Roger Moore, ator britânico consagrado por sua interpretação em sete filmes da franquia James Bond.

Moedas e Morcegos

O encontro de Guy Rogers com o morcego lembra, O Retorno do Cavaleiro das Trevas, de Frank Miller publicado em 1986. Mas pode ser uma simples coincidência.

O Retorno do Cavaleiro das Trevas, de Frank Miller

A moeda que Dylan atira ao ar para decidir se vai ou não à caça aos fantasmas e que para em pé, oferece a possibilidade de múltiplas inspirações. A primeira é Harvey Dent, o Duas Caras, vilão do Batman que usa a moeda para tomar suas decisões a todo momento.

Mas o uso da moeda também se tornou famosa nos filmes de gângster, começando com Guido Rinaldo (George Raft) em Scarface (1932). Guido é o Gângster que fica jogando a moeda nesta cena:

No final do filme “Viajando com minha tia”, baseado no romance homônimo de Graham Green, Henry Pulling joga uma moeda para decidir seu destino, mas o filme encerra em um quadro congelado da moeda suspensa no ar.

Nas páginas seguintes Dylan cita o escritor britânico Charles Dickens, autor de Oliver Twist e Um Conto de Natal, a respeito de suas muitas descrições dos subúrbios degradados da Londres do século XIX. Dickens iniciou sua carreira como jornalista na Câmara dos Comuns do Parlamento Inglês e retratava como ninguém a Londres de sua época. Em sua crônica publicada em 17 de janeiro de 1836 ele comenta:

Se quisermos conhecer as ruas de Londres em seu momento mais glorioso, devemos observá-las em uma escura, sombria e triste noite de inverno. Há apenas o sereno que cai suavemente e deixa as calçadas escorregadias sem, contudo, limpar qualquer uma de suas impurezas. É quando também uma névoa densa e preguiçosa paira sobre todos os objetos, tornando a luz das lamparinas ainda mais brilhantes e aumentando a luminosidade das vitrines, em contraste com a escuridão que a tudo rodeia”.

Em uma história de fantasmas, não poderia faltar citações aos Caça Fantasmas, de Ivan Reitman. Em Anna Never são citados duas vezes.

O gato preto é um caso especial

Pode-se falar muito sobre o gato preto que guia Dylan até Anna Never. Do ponto de vista espiritual, que é mais relacionado à esta história, o gato preto é frequentemente associado a um forte sentido de intuição, proteção e conexão com o mundo espiritual. Muitas tradições esotéricas acreditam que esses animais possuem uma energia mística especial e são capazes de afastar energias negativas.

No Antigo Egito, os gatos em geral, eram considerados sagrados e reverenciados como símbolos de poder e divindade. A deusa Bastet, conhecida como a protetora dos lares e das famílias, era frequentemente representada na forma de uma mulher com cabeça de gato. E os gatos pretos eram especialmente adorados por sua suposta conexão com o mundo espiritual.

Papa Gregório IX, por Thomas Hudson Jones (Capitólio, EUA).

Segundo historiadores, uma hipótese popular da imagem negativa do gato preto teria surgido com uma bula papal do Papa Gregório IX, em 1233. Nesta época, ocorria uma caça contra hereges em toda a Europa. Na Alemanha, um culto em particular causava problemas e, na tentativa de encorajar os nobres a apoiarem um padre local em sua perseguição, o pontífice descreveu rituais heréticos em detalhes.

Nesta bula, a Vox in Rama, é descrito um suposto ritual de iniciação de uma seita luciferiana que teria sido relatada por um inquisidor. Nele, apareceria uma estátua de um gato preto que deveria ser beijada nas nádegas. A partir daí, a imagem do gato preto teria sido demonizada na Europa e esta má fama se espalharia por todo o ocidente.

O preconceito contra os gatos pretos é tão absurdo que eles demoram a serem adotados em ONGs e abrigos. Segundo dados da ONG brasileira Catland, especializada no resgate e adoção de gatos, de 300 animais que estão à espera de um lar, cerca de 60% têm o pelo na cor escura. Além disso, em datas próximas às sextas-feiras 13 e ao Dia das Bruxas, as instituições evitam doá-los, devido ao perigo de agressões e maus-tratos.

Em Dylan Dog #18, publicado no Brasil em Dylan Dog #2 (formatinho da Mythos), Sclavi insere Cagliostro na mitologia do personagem. Um gato preto mágico e poderoso pertencente à bruxa Kim. Apesar de afável, é provavelmente o mago mais poderoso que existe, com habilidades que podem distorcer a realidade e aversão geral a qualquer ser humano que não seja seu dono. Ele não gosta particularmente de Dylan, provavelmente por ciúmes de Kim.

O Bicho Papão ou Homem Negro

Na página 51, quando Dylan encontra Anna Never, ela assustada grita: “O Homem Negro”. Que é como os italianos chamam o Bicho Papão. Personagem que aparece em outras histórias de Dylan, como a recente Dylan Dog Nova Série – O Branco e o Preto, publicada pela Mythos. O Homem Negro não seria uma tradução ideal para que os brasileiros entendam logo que leem. Foi assim que foi traduzido na edição da Record de Anna Never em 1991, mas seria melhor que ela já falasse “O Bicho Papão!”.

Anna em O último homem da Terra.

Anna Never retorna em vários outros volumes de Dylan Dog. “O último homem da Terra”, #77, publicado no Brasil pela Mythos em Dylan Dog #35. Stardust #147 e no Speciale #19, La Peste. Ela também é mencionada em um pôster de filme na edição #55 – A Múmia, publicada no Brasil em Dylan Dog #9, pela Mythos

O Horror real

O Fantasma de Anna Never expressa o principal fundamento de Dylan Dog: o maior horror está na própria realidade. O ator, Guy Rogers é alcoólatra e para superar o vício faz terapia com hipnose. Em inglês, “spirits” (espíritos) também significa “bebidas alcoólicas fortes”. É um assunto que Sclavi trata em seu retorno após um hiato, na história “Depois de um longo silêncio” (Dylan Dog Nova série #23), onde um homem, alcoólatra começa a enxergar o fantasma de sua falecida esposa. Além de ser um problema que o próprio Sclavi teve que lidar por anos.

Sclavi usou fotos de casos de avistagens de fantasmas reais na história, Depois de um longo silêncio.

Guy é um intermediário em três sentidos: como ator, entre a realidade e seus filmes; como alcoólatra entre a racionalidade do estado de sobriedade e a embriaguez; e como paciente do hipnotizador, entre o estado de consciência e os sonhos ou pesadelos. Na sequência final, tudo acaba se fundindo em um único horror. Sclavi mistura a falsa realidade do cinema, a realidade falsa da mente provocada pelo alcoolismo e a verdadeira realidade onde nada mais fazia sentindo provocando insegurança não só em Guy, mas em todos os envolvidos.

A realidade é por vezes mais assustadora que a fantasia. Como disse Dylan: “O mundo está tão cheio de horrores que até vampiros e monstros se escondem de medo…”, e Groucho comenta, “É verdade, não tinha pensado nisso… aliás, se eu fosse um monstro, ficaria bastante preocupado, por exemplo, que as armas nucleares das grandes potências sejam suficientes para destruir a Terra vinte vezes”.

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Dylan Dog contra a censura

A Mythos vem cumprindo com o prometido e publicando a série regular de Dylan Dog em sequência, para preencher as lacunas deixadas pela publicação ao longo dos anos. Em maio chegamos na 21ª edição intitulada, Os Desaparecidos, publicada originalmente em Dylan Dog #59 (Imagem à esquerda).

Se tudo correr bem, muito em breve chegaremos à edição #69, um marco para o Detetive do Pesadelo. Intitulada no original “Caccia alle Streghe” (Caça às Bruxas), esta história escrita por Tiziano Sclavi com desenhos de Piero Dall’Agnol em 1992 foi uma maneira original e inteligente de Sclavi expressar sua opinião sobre a censura.

Dylan Dog #69 – Caccia Alle Streghe

A história em si é muito simples e distante da abordagem clássica de Sclavi. Dylan está apoiando e auxiliando Justin Moss, um amigo cartunista, cujas obras, devido a algumas cenas de violência e nudez, tem atraído a atenção de padres fanáticos, jornais e políticos determinados a impedir a liberdade de expressão dos autores para evitar que certos conteúdos sejam facilmente encontrados por menores de idade.

 

1ª edição da minissérie Daryl Zed

Um dos personagens criados por Moss é Daryl Zed, personagem que ganhou uma minissérie pela Sergio Bonelli Editore em 2020 em seis edições com 32 páginas cada, coloridas.

A investigação de Dylan fica em segundo plano pois a trama secundária relacionada aos acontecimentos principais é mais importante. Ela foca em um horror mais sutil e cotidiano: a censura, entendida como principal instrumento de controle da massa e assim detendo um poder ilegítimo que mina a liberdade pessoal de cada indivíduo.

Sclavi insere na trama Lord Cherril, líder dos padres fanáticos (na trama de Zed), e o pai da criança que lê Daryl Zed (no mundo real), pai este que chega a acusar Moss por associação criminosa. Através destes personagens Sclavi compara autoridades do presente com inquisidores do passado. Na longa introdução da história e nas páginas finais, estas figuras estão dentro de uma masmorra torturando bruxas e tentando destruir os nossos heróis.

Sclavi vs. Censura

A motivação de Sclavi para escrever esta história foi o duro tratamento que os políticos italianos estavam dando contra os quadrinhos violentos, querendo proibi-los!

Segundo os parlamentares da época, as revistas da editora ACME (em particular a Splatter, Primi Delitti e o jornal Lobotomia), eram perigosas justamente pelo fato de que as crianças conseguiam comprar facilmente nas bancas e assim, serem instigadas pelos seus conteúdos a realizarem atos não convencionais. No processo estava escrito o seguinte:

“Essas publicações podem ou são de fato compradas em bancas de jornais, mesmo por crianças; a propagação da violência contra menores é um fenômeno grave também em nosso país; no entanto, os menores devem também ser protegidos da violência moral que nos fatos denunciados é certamente perpetrada contra eles tanto por quadrinhos, como por contos. Quais as medidas que o Governo e em particular o Ministério do Interior e da Justiça pretendem adotar, de acordo com as tarefas atribuídas a eles por lei na prevenção e supervisão de publicações que contenham incitação ao crime e grave violência moral contra menores.”

Capa da Antologia da Splatter. Uma das capas mais “leves”

Embora Dylan Dog não fizesse parte do grupo de quadrinhos a que o documento se referia, Sclavi acompanhava a onda de censura que varreu o mundo dos quadrinhos no final dos anos oitenta e início dos noventa. Por outro lado, embora não o acertasse diretamente, o conjunto de reclamações, protestos e proibições veem como inimigos incontestáveis o horror e gênero splatter ou gore, que o próprio escritor havia posto no auge com a série que havia idealizado.

Sclavi em uma entrevista para o livro “Antistoria del fumetto italiano, da Pazienza a oggi (publicado em 2004) fala sobre “Caça às Bruxas”: “É um número do qual me orgulho, mas ninguém gostou. Foi a época em que havia muitos imitadores de Dylan Dog. Dylan deu origem a uma série interminável de imitações, não digo ruins, mas muito fortes, com muito gore. Isso até provocou uma questão parlamentar na qual, devo dizer, Dylan Dog nunca entrou. Em toda a polêmica espalhafatosa e sanguinária dos quadrinhos, Dylan Dog nunca foi mencionado nos jornais ou nesta questão parlamentar. Lamento especialmente que um dos signatários desta petição parlamentar tenha sido Luciano Violante.”

Sclavi se referia a um parlamentar comunista que assinou a petição. O fato impressionou tanto o roteirista que ele colocou o assunto na boca de Dylan Dog: “Louco! Dezenas e dezenas de assinaturas! Existe até mesmo a de um comunista!”

Na época, um artigo de Nicoletta Arstrom em resposta aos políticos que criticaram o anime Super Robot, de Go Nagai, o classificando como perigoso e violento, dizia que:

“As crianças não pensam em todos esses problemas. Eles aceitam ou rejeitam os desenhos de acordo com seus gostos, às vezes se revelando mais adultos e mais razoáveis ​​do que aqueles que querem ou podem administrar o que eles podem ver. […] Não há, talvez, nesse tipo de conceito, uma lógica de se comportar como tutores ou censores? Em vez disso, confie nas crianças. Eles são inteligentes!”

Voltando à Caça

De volta à história, ela tenta enfatizar, graças aos desenhos vívidos de Dall’Agnol, o quanto a própria censura gera uma série de atos violentos e/ou incorretos, além de ser ela própria principalmente uma violência moral. No decorrer da trama, de fato, acontece o colapso físico e psicológico de Justin (esteticamente parecido com Silver, diretor da revista Splatter na época); uma série de mentiras (fake news) contra Dylan Dog para aumentar as acusações contra os quadrinhos Daryl Zed; o falso testemunho deliberado dos jornais e a agressão de fãs obstinados que querem seus quadrinhos de volta. Em suma, uma série de golpes, abusos e atos brutais e não convencionais resultantes da censura.

Este enredo, habilmente desenvolvido do início ao fim, cativante, que usa a parte metafórica da história com o protagonista Daryl Zed, uma versão bombada e “americana” do Investigador do Pesadelo criada por Justin, inspirado no próprio amigo Dylan Dog.

 

Tiziano Sclavi usa as primeiras páginas da história para contar metaforicamente tudo o que acontecerá nas páginas seguintes sem revelar o final. Daryl Zed é cercado pelos inquisidores que poderão fechar definitivamente a editora. Além disso, por meio dessa estratégia, leva os leitores a reconhecer Dylan em Daryl Zed e destacar quão grande é o perigo que seu personagem corre.

Ao final, observamos Dylan, em busca de abrigo, chega a uma masmorra que já havia visto no início onde as histórias dos dois heróis acabam se entrelaçando, porém o terror maior é o que Dylan vive:

“Dylan Dog será capaz de se salvar dos Inquisidores?”

Esta edição foi republicada pela Bao Publishing com duas capas variantes, uma de Piero Dall’Agnol e outra de Gigi Cavenago, atual capista de Dylan Dog. E nós, tomara que, muito em breve, possamos ter contato com ela pela Editora Mythos, talvez daqui a poucas edições na série regular ou em uma Graphic Novel.

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