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Quem eram os Justiceiros de Vegas?

Será publicado pela Panini Comics ainda este mês de novembro o primeiro volume da Biblioteca Tex: Os Justiceiros de Vegas. A edição, escrita por Mauro Boselli, com desenhos e capa de Corrado Mastantuono, terá 224 páginas coloridas pela GFB Comics. Terá o mesmo formato das edições da Salvat e virá no preço de R$ 84,00.

Na trama, Tex e seus pards descobrem alguns bandidos que foram enforcados em Vegas, mas as contas não batem quando ele percebe que a mesma gangue havia assaltado uma diligência depois de dados como mortos. Para esclarecer a situação, os pards devem enfrentar Hoodoo Brown e Dave Mather, respectivamente prefeito e xerife da cidade, aparentemente, livre de crimes.

Hoodoo e Mather são personagens reais, que fizeram história no velho oeste americano e é deles que vamos falar hoje. Os Justiceiros de Vegas.

Conheça Lavvender. Um Thriller paradisíaco da Bonelli

Giacomo Bevilacqua, recém premiado pela sua série Bonelli “Attica” na Lucca Comics & Games 2020, começou a trabalhar na editora milanesa com a história “Lavvender”. Publicada em Le Storie Especial 4, em 2017, Lavvender mostra as aventuras dos jovens Gwen e Aaron em uma ilha deserta paradisíaca, com águas cristalinas e muitos mistérios.

Esta história poderia muito bem ser publicada no Brasil no formato de Monolith, Mister No: Revolução e até mesmo Chambara. Lavvender tem roteiro, arte, capa e cores de Giacomo Bevilacqua. Publicado inicialmente em Le Storie n. 4 (2017), em 130 páginas ganhou uma edição especial em formato maior com 144 páginas coloridas.

Divulgada a capa do crossover entre Flash e Zagor

Foram divulgadas as capas do crossover entre Flash e Zagor em mais uma parceria entre a DC Comics e a Sergio Bonelli Editore. A arte da capa foi realizada por Carmine Di Giandomenico e, em 10 de dezembro será publicado o número Zero, escrito por Giovanni Masi e Mauro Uzzeo, com desenhos de Davide Gianfelice. O título da edição será “The Hatchet and the Lightning” (“A Machadinha e o Relâmpago”).

Distribuição da Bonelli em bancas está ameaçada

O ano de 2020 não está fácil para ninguém. A pandemia acelerou processos de comunicação e trabalho, e a compra de quadrinhos online teve um aumento significativo, porém outros setores que já não estavam bem sofreram uma aceleração em seu desgaste e tendem a piorar ou se encerrar, como a venda em bancas de jornal.

A Dinap e a Treelog, empresas integrantes do Grupo Abril, responsáveis pela maior parte da distribuição de revistas no país informaram às editoras no dia 6/11 estar rompendo unilateralmente todos os contratos de distribuição nas modalidades consignação praticados nas últimas décadas. O motivo alegado é a retração provocada pela pandemia de Covid-19.

Os leitores Bonelli que costumam comprar as edições da Mythos e Salvat em banca, podem não encontrar Tex no início de 2021.

Esta situação ligou um alerta na Editora Mythos que distribui grande parte dos seus quadrinhos para todo o Brasil usando exclusivamente a Dinap/Treelog. No TexWillerBlog, o Editor e sócio/proprietário da Mythos, Dorival Vitor Lopes comentou que a editora está em busca de novos distribuidores.

“Gente, tenho uma péssima notícia… a Dinap – única distribuidora a nível nacional – está para encerrar as atividades. Estamos procurando distribuidores, mas até agora só achamos dois que fazem apenas São Paulo e Rio. Queremos alternativas para as outras regiões do Brasil, mas até agora não temos. Ainda não é oficial, por isso, rezem pra todos os santos pra Dinap continuar”.

E Dorival complementou que as vendas pela internet irão se intensificar cada vez mais, “de qualquer forma, quem puder comprar pela internet, não deve esperar mais: nosso site está cada vez melhor, com muitas ofertas, e como eu já informei, temos um novo galpão de 500 m2 pra atender os pedidos”. As compras pelo site da Mythos são entregues usando os serviços dos Correios.

Com a Mythos parando de usar os serviços de distribuição da DINAP/Treelog, muitos leitores podem deixar de comprar em bancas as revistas Tex, Tex Gigante, Tex Platinum e Ouro, além de outras edições publicadas pela editora. Existem leitores que somente compram Tex em banca e nunca compraram revistas online.

Situação da Distribuição em Bancas e Comunicado da DINAP

COMUNICADO DINAP:

Caras Jornaleiras e Jornaleiros!

Na última 6ª feira a Dinap/Treelog enviou um comunicado aos Editores informando que cessará a prestação de serviços em consignação a partir de 2021, por desequilíbrio financeiro entre os custos de distribuição, obstáculos operacionais ocasionados por medidas restritivas e as receitas que declinaram durante a pandemia.

É importante esclarecer que esta decisão não representa o encerramento da operação da Dinap/Treelog, que continuará distribuindo revistas impressas da Editora Abril para os pontos de venda. Não haverá desmobilização da empresa, portanto todas as operações fiscais e financeiras (Contas a Pagar e Contas a Receber) continuarão normalmente.

As revistas fazem parte da história da DINAP, levando cultura, entretenimento e conteúdo de qualidade aos leitores por intermédio dos pontos de vendas e pretendemos continuar com esta missão.

Agradecemos a compreensão e continuamos emprenhados em servir com soluções que sejam sustentáveis para prosseguir com a prestação de serviços.

Atenciosamente

Equipe Dinap

Hoje, o jornaleiro recebe as revistas em consignação. Vende a revista e fica com 30% do valor de capa. 70% é pago à distribuidora. Esta porcentagem varia dependendo da negociação com a distribuidora, a grande maioria não chega a receber 30%. As revistas que não foram vendidas são trocadas por revistas novas. O comunicado da DINAP destaca que a empresa” cessará a prestação de serviços em consignação a partir de 2021”. Embora não se saiba ainda de possíveis alternativas para os jornaleiros face a situação, uma das alternativas é a de que o jornaleiro compraria a revista por 70% do preço de capa, se vender ganha 30%, se não vender fica com a revista em banca.

Este modelo já é realizado por algumas Comic Shops nacionais, que também negociam diretamente com as editoras (Devir, Panini, Mythos) sem usar o modelo de consignação. O que não vender no momento, continua à disposição, não é recolhido.

Se o jornaleiro já tem um público cativo, isto pode não ser problema, porém a porcentagem deve ser renegociada, já que a distribuidora terá menos trabalho e as editoras terão perda zero. Em um mercado já fragilizado, o jornaleiro terá que ter um bom caixa para bancar as compras, o que irá reduzir a oferta e impactar em toda a cadeia produtiva como Editora e Gráfica.

No comunicado, a DINAP também esclarece que, “continuará distribuindo revistas impressas da Editora Abril para os pontos de venda”. A DINAP pertence ao Grupo Abril e é natural que mantenha este comportamento. Metade da receita do Grupo Abril vem de seu negócio de mídia, a Editora Abril. A outra metade, de seus negócios de logística, a DINAP/Treelog, que entrega revistas e a Total Express, que entrega encomendas.

O Grupo Abril se arrasta em uma crise há anos estando em recuperação judicial com uma dívida que chega a R$ 1,6 bilhão. Em 2018, o então presidente da Abril, Marcos Haaland em entrevista à Istoé Dinheiro já dava uma ideia do enorme problema que era a Dinap. “Importante destacar que boa parte do problema da Abril está na Dinap. O modelo de negócio não é sustentável. A Dinap, quando faz o recolhimento do que foi vendido, repassa o dinheiro para as editoras e fica com uma parte como remuneração. O que não é vendido, a Dinap recolhe e devolve às editoras, sem cobrar nada por isso. Então, ela faz um serviço de levar e buscar sem ser remunerada. E o custo logístico é imenso. O segundo problema é que a Dinap absorvia a inadimplência da cadeia. O que não recebe dos distribuidores, cobre e paga às editoras. Então, o rombo da Dinap é gigantesco”. Na época foram demitidos 800 funcionários do grupo Abril, várias revistas encerradas e inclusive a linha Disney foi descontinuada e seus direitos foram adquiridos pela Culturama e Panini Comics.

Em 2019 o Grupo Abril foi vendido e quem assumiu a presidência foi Fábio Carvalho, especialista em assumir empresas em dificuldades.

A Pandemia e a busca por soluções

Em nota enviada às editoras, a Dinap/Treelog destacou que a grande culpada pelo rompimento de contratos por consignação é a pandemia de Covid-19. “A pandemia gerou uma disruptura sistêmica na cadeia de distribuição, atingindo de forma dramática a estrutura em que se assenta o negócio da Dinap/Treelog de distribuição de revistas e congêneres, mediante redução drástica da receita de parte substancial das vendas, ocasionada pela queda na circulação de pessoas nos canais de vendas, oriunda de medidas governamentais de distanciamento”, e reiterou, “apesar de todos os esforços feitos para a regularização da rede de distribuição, a Dinap/Treelog não passou incólume pelos efeitos devastadores e sem precedentes que a pandemia do Covid-19 provoca e continuará provocando pelos próximos meses”. Segundo algumas fontes, esta mudança da Dinap/Treelog será irreversível.

Em outubro deste ano, a DINAP já havia emitido um comunicado relacionado à Editora Globo, onde anunciou que deixou de distribuir publicações da mesma, como Época, Marie Claire, Globo Rural, Autoesporte, Vogue, entre outros títulos. As edições foram recolhidas até o final de outubro.

Em abril, devido à pandemia, a Editora havia suspendido a produção impressa de suas revistas, menos Época por ser focada em noticiário e Marie Claire por ser bimestral e retornou apenas em julho. A Editora afirmou que ainda era seguro continuar lendo o impresso, porém o medo da contaminação das revistas, ao serem colocadas no chão da rua pelas equipes de distribuição, ou nos corredores dos prédios dos assinantes, levou a que muitos assinantes suspendessem suas assinaturas.

Após a DINAP encerrar a distribuição, a Editora Globo começou a usar os serviços da Distribuidora Brancaleone.

Em 2017 a Editora Panini, responsável por publicar quadrinhos no Brasil da Maurício Produções, Marvel e DC parou de distribuir pela DINAP/Treelog e iniciou um serviço próprio de distribuição.

E a Mythos?

A Mythos mesmo vendo a DINAP ruir há anos não deixou de usar o serviço, pois há leitores Bonelli em muitos cantos do Brasil que somente a distribuidora poderia chegar. Ela vem trabalhando em deixar cada vez melhor as vendas pelo site, mas ainda gera reclamações por parte dos leitores que compram online, em especial devido ao processo de entregas.

Porém outro fator que atrapalha o crescimento das vendas pelo site é o frete que se torna muito alto dependendo da quantidade e distância que será entregue. Por usar os Correios, a Mythos se coloca na posição desconfortável de ter que depender dos valores aplicados pela instituição.

Neste mês de novembro por exemplo, onde está acontecendo uma ótima campanha de Black Friday, muitos leitores reclamam que ao chegar ao final da compra o valor do frete encarece demais e assim acabam desistindo. É necessária a fidelização dos clientes para que, caso haja problemas na distribuição em 2021, exista outra alternativa para vender os quadrinhos Bonelli para todo o Brasil.

E a Salvat?

A Editora Salvat publica Tex Gold e também pode sofrer mudanças devido à estas alterações em relação aos consignados pela DINAP/Treelog, já que suas coleções são distribuídas pela mesma. Lembrando que em 2018 a editora parou de distribuir por um tempo pois o cronograma de distribuição da DINAP havia parado. A distribuição parou em agosto e retornou somente em novembro de 2018.

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Aos Bonellianos resta aguardar e acompanhar os próximos passos da Editora Mythos e que não falte Tex para os leitores em 2021.

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As fontes das informações estão linkadas ao longo da matéria.

Foto de Capa José Carlos Francisco.

Conheça Il Confine – Série de mistério e suspense da Bonelli

A Bonelli esbanja boas histórias, equipes criativas brilhantes e nos últimos anos arrisca ainda mais com novos selos. Entre eles o selo Audace, da Sergio Bonelli Editore com um tratamento diferenciado e com histórias mais adultas.

Dos títulos lançados no selo Audace estão os já lançados no Brasil Mister No Revolução e Deadwood Dick. E na Itália um dos que mais chama atenção é Il Confine, dos roteiristas Mauro Uzzeo e Giovanni Masi. A obra lançada em 2019 é bimestral, com edições coloridas de 80 páginas. No momento está no quinto volume.

As edições são em capa dura no formato 22x30cm, com 80 páginas coloridas, 60 de quadrinhos e o restante com entrevistas e outras informações. A edição também conta com um mecanismo de preview sobre o que vai acontecer na próxima edição, como é feito nas séries de TV.

Mas do que se trata este fumetti?

A história começa em uma pequena vila alpina na fronteira entre Itália e França, onde um micro-ônibus que transportava uma classe de adolescentes em uma viagem escolar desaparece. Dois personagens distintos são chamados para apoiar as investigações como consultores das autoridades. A italiana Laura Denti, é uma agente da Interpol concreta e pouco afável. E o francês Antoine Jacob, um perito conhecedor das montanhas, fascinado pelo próprio mistério e pelas mudanças na paisagem que parecem perturbar o espaço e o tempo de formas inexplicáveis. Dá mais importância à isso do que pela investigação das crianças.

Mesmo com o foco nos dois protagonistas, Il Confine não deixa de mostrar todo o elenco: os pais dos jovens desaparecidos, o colega que ficou em casa naquele dia, um repórter e a comunidade local. Isso faz com que a narrativa tradicional linear consiga se aprofundar em eventos aparentemente marginais à trama, que logo encontrarão um significado dentro de um quadro geral.

Na primeira edição, La neve rossa (A Neve Vermelha), a história vai direto ao ponto: Onde foram parar as crianças? Sob uma avalanche? Por que, então, não há vestígios? A investigação é densa, em capítulos curtos bem focados que ditam o ritmo não só dos acontecimentos, mas do verdadeiro suspense.

Il Confine é uma história de fantasia, terror, mistério e suspense, que fala de realidades diferentes, algo inspirado em Lovecraft. Para os fãs da série Twin Peaks, de David Lynch é um deleite como também para os fãs de Arquivo X e LOST, mas aí os leitores podem achar, “será que o final vai ser bom?”. Os mistérios vão sendo abertos e nos convidam a ir em busca do desconhecido e explorar tudo em busca de respostas.

Outro elemento interessante à trama é o ambiente. Existem fatos culturais como a tensão entre os policiais italianos e franceses, primos uns dos outros, mas que se provocam com os defeitos das respectivas nações. A montanha é outro elemento especial, que lembra o sobrenatural Lovecraftiano, perturbador.

Eventos e detalhes se acumulam e faltam explicações, pois o enigma rege a trama. Elemento que prende a atenção do leitor, mas também carrega o risco de gerar alguma insatisfação com as respostas que chegarão. Os autores ao menos garantem que tudo fará sentido, mas é o mínimo que podem prometer não é mesmo?

A edição

Il Confine é idealizado pelos roteiristas Mauro Uzzeo e Giovanni Masi, com a colaboração visual de Lorenzo “LRNZ” Ceccoti, que faz as capas. Emiliano Mammucari fez o design de personagens e é o supervisor das cores. Federico Rossi Edrighi faz os layouts e os gráficos são de Fabrizio Verrocchi. Uma equipe de trabalho respeitosa trabalhando com a Bonelli, uma editora conhecida por seus padrões habituais de organização e produção.

Este é um projeto de mídia cruzada da Bonelli, embora os outros produtos relacionados ainda não tenham sido anunciados. Espera-se que Il Confine venha a se tornar uma série de TV, romances, RPGs entre outras coisas.

Distribuída em livrarias e lojas especializadas, a SBE destaca uma valorização da qualidade do produto. E a forma como a edição se comporta é impecável. Sabe misturar suspense e reviravoltas, as cores, os diálogos, a mudança de cena e os personagens são algo bem destacados na trama e fazem parte claramente da narrativa como um todo.

Diferente das propostas da Bonelli de atualizar e modernizar a história de personagens da editora como Martin Mystére ou Mister No, além de realizar eventos chamativos como o encontro de Dylan Dog e Batman, com Il Confine a SBE afirma que quer ir além de seus limites.

O Objetivo é buscar novos territórios, novos leitores, novos habitantes de seu vasto território imaginário. Para sobreviver e evoluir no mercado editorial.

 

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