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Oxid Age é o Mad Max da Bonelli

Gigi Simeoni é um dos grandes autores italianos. Escreve e desenha o volume #17 da série Le Storie, publicado em 2014 pela Sergio Bonelli Editore intitulado “Oxid Age”. Oxid remete ao óxido de ferro, elemento principal que compõe a ferrugem. Gigi não esconde que criou esta história inspirado em uma das principais franquias do cinema, Mad Max. Obra de George Miller que explora uma sociedade pós-apocalíptica com máquinas enferrujadas e furiosas.

Gigi Simeoni

“Há pelo menos vinte anos eu queria contar esta história baseado na trilogia Mad Max, a qual queria muito homenagear por ter sido muito apaixonado quando criança. É o local ideal para ambientar minha aventura”, destacou Simeoni em uma entrevista para a Bonelli e complementa, “neste período aperfeiçoei os personagens e os detalhes da história, viva, cheia de ação, ainda que o tema da doença que se espalha e mata e sobre o exílio sejam temas pesados”.
A história se passa em Innland, um mundo dividido por por duas civilizações: de um lado a de Civil e do outro Lith. Civil tem petróleo, mas sofrem uma doença terrível, a oxidação. Os Lith não tem petróleo, mas tem sangue nas veias capaz de curar qualquer doença.
Durante um período os dois povos trocam o ouro negro e o ouro vermelho, petróleo por sangue, e tudo vai bem, até que descobrem petróleo em Lith e adeus às trocas. Civil começa a expulsar os Oxidados, que se refugiam no deserto e se organizam da melhor maneira que podem.


“Vemos paisagens desérticas repletas de destroços que falam de uma era anterior e tecnológica, que de alguma forma terminou com a destruição e abandono total”, comenta Simeoni, “os personagens utilizam petróleo e obtém combustível para suas necessidades diárias “operar máquinas, manter-se aquecidos, etc…) e para movimentar seus meios de transporte, que nada mais são do que carcaças de veículos off-road antigos, caminhões, motocicletas. A estrutura social e o padrão de vida médio são semelhantes aos medievais. Existem até esportes que fazem muito sucesso, pensados para animar os trabalhadores ao final de dias árduos de trabalho”.
Gigi tem uma originalidade que é sua marca registrada, especialmente por escrever e desenhar seus principais trabalhos como Lazaruss Ledd, Dylan Dog, Nathan Never e Stria, uma obra de suspense e terror que em breve será publicada no Brasil pela Editora 85.


Em Oxid Age não é diferente. Os desenhos são expressivos e detalhados, uma construção de mundo bem executada. No início, a história introdutória é contada em painéis com molduras. E depois os desenhos seguem com cuidado a caracterização de personagens, cenários e objetos utilizados na trama. A ação tem violência na medida certa e com muita adrenalina.
Os veículos parecem saídos de uma obra de Jack Kirby, e as pessoas com contornos deformados são típicos de Richard Corben. As mulheres com óculos de motociclista remetem ao trabalho do desenhista Tanino Liberatore, Ranxerox (publicado recentemente pela Comix Zone como Ranx) e criaturas mais bizarras lembram personagens de Magnus. A capa, que é ilustrada como em todas as da série regular de Le Storie por Aldo Di Gennaro, “grita” Ranxerox.


Apesar da obra ter uma atmosfera vintage, cativante e extrema, é apelativa às novas gerações que encontram aqui jogos como Fallout, Rage e Borderlands. Quem conhece essas obras se sentirá em casa no universo criado por Simeoni.
Mas como na maioria dos Le Storie, o final pode deixar a desejar um pouco. Talvez pelo restrito número de páginas (114), Simeoni não explora por completo alguns aspectos da trama e tudo parece apressado. Claramente o autor precisava de muito mais páginas ou uma série para poder queimar todo o combustível da ideia criada para Oxid Age.
Mesmo assim, não deixa de ser uma história surpreendente, com um cenário pós-apocalíptico interessante. Abraça o estilo da franquia Mad Max que está ganhando mais um capítulo nos cinemas com Furiosa: Uma Saga Mad Max.

Cavenago deixa capas de Dylan Dog para trabalhar no Millarworld

A partir do mês de setembro a série mensal de Dylan Dog terá dois novos capistas. Os irmãos Raul e Gianluca Cestaro substituem Gigi Cavenago, cuja última capa é a do número #420, intitulada Jenny. Nas últimas edições de Dylan Dog, Cavenago desenhou a quarta capa da edição e as principais foram feitas por Fabrizio De Tommaso remetendo à parceria realizada com o músico Vasco Rossi.

A estreia dos irmãos Cestaro será na edição #421, com lançamento previsto para 30 de setembro, edição comemorativa de 35 anos de Dylan Dog. A edição intitulada La Variable (A Variável), terá roteiro de Paola Barbato e desenhos de Fabio Celoni.

Skript lançará Apocalipse e Napoleone

Na sexta-feira (16), Douglas Freitas da Skript Editora anunciou em uma live no instagram do Fora do Plástico mais dois Bonellis pela editora.

O primeiro anúncio na live foi Apocalipse – O Livro das Revelações de São João, escrito por Alfredo Castelli (Martin Mystère) com desenhos de Corrado Roi (Dylan Dog). Lançado em 2019, o volume tem 112 páginas com lançamento da campanha no Catarse pela Skript dia 31 de outubro, para ser entregue em dezembro.

Alfredo Castelli, pela primeira vez no mundo, escreve uma fiel transposição para os quadrinhos do último e mais visionário livro do Novo Testamento: O Apocalipse de João. Uma história visionária que junto ao traço de Corrado Roi encontrou uma representação eficaz e surpreendente. O Apocalipse é um dos textos mais enigmáticos da Bíblia, por muito tempo objeto de várias interpretações por inúmeros estudiosos e críticos devido à sua natureza às vezes polêmica e de difícil compreensão.

Mister No – Era uma Vez em Nova York

No próximo domingo (20), a Editora 85 irá lançar uma nova campanha no Catarse onde trará as obras Morgan Lost #3, Dampyr #7 e a estreia da minissérie integral Hellnoir e de Almanaque Mister No #1 com a história “Era Uma Vez em Nova York”.

Editora 85 lança Hellnoir

No próximo domingo (20), a Editora 85 irá lançar uma nova campanha no Catarse onde trará as obras Morgan Lost #3, Dampyr #7 e a estreia de Almanaque Mister No #1 e da minissérie integral Hellnoir.

A Confraria Bonelli fará uma live especial com a participação do editor da 85 Leonardo Campos e o tradutor Júlio Schneider, onde será comentado sobre todos os lançamentos e sobre a campanha que iniciará no domingo mesmo durante a Live.

Capa da edição brasileira de Hellnoir. Editora 85.

 

Conhecendo melhor Hellnoir

Hellnoir é uma cidade, em algum lugar entre o nosso mundo e outro. Uma metrópole sombria, imensa e tentacular. Todos os que tiveram uma morte violenta acabam em Hellnoir, uma segunda vida quase sempre mais dolorosa e cruel do que a primeira. Hellnoir é um lugar podre e corrupto, repleto de almas condenadas. É preciso seguir certas regras se quiser sobreviver, regras escritas com sangue, declamadas em meio a gritos e lamentações, gravadas em carne mutilada.

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