Categoria: Berardi e Milazzo

Revelações: Os segredos de Julia Kendall

TEXTO: Marcos Guerra Tântalo

“Viva! Julia está viajando ao Brasil. E vai chegar antes de mim.” Com essas palavras, Giancarlo Berardi iniciou minha leitura de sua nova série, com o texto “Umas palavras aos Brasileiros”, abrindo a icônica história “Os olhos do abismo”, desenhada por Luca Vannini, capa de Marco Soldi. Era a Júlia número 1, lançada pela Editora Mythos, em novembro de 2004. Hoje, ela pode ser adquirida, sob demanda, no formato italiano, pela mesma editora, bem diferente dos formatinhos com quase 200 histórias que estão ali, em minha estante, olhando para mim enquanto digito isso. Sem dúvida, ela também está lá, com as marcas amarelas que registraram meu espanto.

A Trilha sonora da vida de Julia Kendall

TEXTOMárcio Grings (Memorabilia)

Um breve resumo – Julia Kendall é uma psicóloga/criminóloga residente em Garden City que auxilia a policia de Nova York na resolução de crimes. Baseada fisicamente na atriz Audrey Hepburn, e criada pelo quadrinista italiano Giancarlo Berardi — ao lado de Ivo Milazzo, um dos pais do antiherói western Ken Parker – saiba mais AQUI, a personagem é publicada no Brasil desde novembro de 2004. J. Kendall: Aventuras de uma criminóloga (Editora Mythos) levou em setembro de 2010 o Oscar dos quadrinhos brasileiros, o Troféu HQ Mixpremiado na categoria “Publicação de Aventura/Terror/Ficção”.

Salve Ken!

TEXTO: Márcio Grings (Memorabilia)

Publicidade para o lançamento de KP / Junho 1977

Desde os primórdios da história norte-americana, até a segunda metade do Século XX, várias vezes a Europa conquistou ou foi conquistada pela América. Essa viagem pelo Oceano Atlântico, com partidas e chegadas de ambos os lados, ainda continua a seguir um interessante percurso. A exemplo do que ocorreu com a Inglaterra nos anos 1960, quando diversos músicos promoveram resgates do Delta/Chicago blues para recriá-los como símbolo de renovação do rock mundial; na Itália, por intermédio de cineastas como Sérgio Leone, o faroeste, filme de aventura por excelência, é revitalizado, isso após o consequente declínio do gênero em Hollywood. Assim, obras como “Três homens em conflito” (1968) e “Era uma vez no Oeste” (1969), apogeu do spaghetti western, também impulsionaram uma nova produção de longas-metragens do gênero nos Estados Unidos. Não estou afirmando que os italianos ‘ensinaram’ os americanos a rever o ‘bang-bang’, mas sem dúvida essa retomada emprestou novo gás para produções como “Meu ódio será tua herança” (1969), de Sam Pechinpah e “Butch Cassidy” (1969), de George Roy Hill, entre outros, mantiveram o gênero em evidência com sucesso de crítica e público. No entanto, quanto aos quadrinhos western, aí o buraca da bala é bem mais embaixo. Os italianos dão um banho nos yankees!

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