Séries Bonelli que talvez nunca vejamos no Brasil: LE STORIE

Esta talvez seja uma série que depois de Dragonero, pudesse vir a fazer sucesso no Brasil. Le Storie é uma série de quadrinhos publicada pela Sergio Bonelli Editore desde 2012. Ao contrário das outras, esta não tem um protagonista recorrente e cada edição tem uma história completa (por isso digo que poderia fazer sucesso no Brasil, pois os leitores gostam de edições fechadas). Os gêneros também são diversos, desde fantasia, ficção científica, histórias de samurai, terror, históricas, etc…

Série Um Homem, Uma Aventura, publicada no Brasil. Só gente “fraca” Pratt, Toppi, Battaglia…

A série foi concebida por Mauro Marcheselli, que propôs a Sergio Bonelli uma edição nos moldes do sucesso dos anos setenta, “Um Homem, Uma Aventura”, publicada no Brasil pela Ebal em 1978. A editora, ciente de que o formato na Itália nunca teve um grande sucesso, decidiu publicar a série no mesmo formato de Tex, com 128 páginas. Em 2014, estreou uma série anual em cores de Le Storie.

Com mais páginas e com o nome dos autores nas capas, a série difere um pouco das outras Bonelli. Em 2015, a Bonelli Editore e a Bao Publishing começaram a publicar versões em caixas de livros da série. De Le Storie surgiram outras séries Bonelli como Mercurio Loi e e a futura série sobre o Japão Feudal escrita por Roberto Rechioni e com desenhos de Andrea Arcadi, publicadas nas edições “A Redenção do Samurai” e “Flores do Massacre”.

Le Storie é uma série mensal e ainda está em andamento com 64 edições publicadas e quatro especiais coloridos.

Destaco algumas edições de Le Storie:

A edição número 28 trouxe a história Mercurio Loi. Personagem idealizado por Alessandro Bilotta que acabou ganhando uma série regular. Mercurio é um professor universitário de história que com seu assistente Ottone De Angelis se envolve com os mistérios da Roma do século XIX.

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A Redenção de um Samurai saiu na segunda edição de Le Storie. Idealizada pelo roteirista e atual editor de Dylan Dog, Roberto

Recchioni, também ganhará uma série mensal em doze edições pela Bonelli. A história se passa no Japão Feudal e é uma espécie de Tex com uma katana. Segundo Rechioni as aventuras serão uma mistura dos filmes de samurai de Kurosawa com os filmes spaghetti de Sergio Leone.

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O sétimo volume traz a história “A Patrulha”. Em 1967, no Vietnã, o capitão Artz recebe uma missão de recuperar uma Patrulha Militar desaparecida cerca de um ano antes sem deixar notícia. Uma série de eventos acontece durante a missão e o final da missão não é nada positivo. A Patrulha é de Fabrizio Accatino e desenhos de Giampiero Casertano.

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“O Fator Z”, 27º volume de Le Storie traz uma história de zumbis em Nova York. Mais voltada para Guerra Mundial Z, filme de 2013 com Brad Pitt do que a obra de Robert Kirkman, The Walking Dead, o tema de Fator Z não é previsivelmente a sobrevivência, mas o reencontro. Helen, a protagonista é uma produtora de TV que no meio da epidemia zumbi tenta encontrar seu filho.

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Nosso conhecido Gianfranco Manfredi, criador de Mágico Vento e Face Oculta escreveu a edição 59 de Le Storie. Ele cria aqui Mugiko, um James Bond russo. O nome dele é Ivan Ivanovic e serve a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas – URSS. A história acontece em 1962 no coração da Guerra Fria, o agente vai até a selva da Birmânia para enfrentar uma missão difícil e potencialmente mortal. Um thriller de espionagem incrível.

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E tem muito mais. É ou não é uma ótima série para estar no Brasil. Ao invés de livros de cabeceira teríamos vários quadrinhos de cabeceira, com o melhor do fumetti italiano e principalmente Bonelli.

 

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  1. Leonardo Campos

    Excelente matéria! Só corrigindo, Le Storie possui 114 páginas mensais, assim como Tex. É um material de primeira que poderia sim ser publicado no Brasil. Das séries mais jovens da Bonelli, Le Storie e Dragonero são ótimas pedidas para publicação no Brasil. Quem sabe num futuro próximo alguém enxergue potencial nesses quadrinhos por aqui…

  2. Cheguei a me deparar com uma divulgação referente à HQ protagonizada por um samurai. Isso quando da ocasião do lançamento. Não atentava para o fato de que pertencia a uma linha editorial de histórias independentes umas das outras e completas em um volume. Tampouco sabia que têm miolo em preto e branco… Artes em preto e branco têm seu valor! Porém saber que em tantos anos foram publicados apenas quatro especiais coloridos desaponta-me. As cores valorizam muito os traços. Em especial quando se trata de uma pintura, se não realista, refinada, que dialoga fortemente com esse tipo de produto.
    Mas enfim… É um produto Bonelli. Logo tem como garantia de qualidade: Desenhos semi realistas realizados com rigor simétrico e roteiros devidamente pesquisados.

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