Lego, quem nunca ouviu falar?  Será que todos conhecem o que a empresa passou? E o que exatamente ela tem a ver com o velho oeste e Tex?

LEGO – Uma Empresa Orgânica como SBE

A ideia altamente lucrativa surgiu por acaso (assim como toda boa invenção).  Ole K. Christiansen era carpinteiro e por conta das baixas vendas de seus móveis, acabava passando boa parte do tempo esculpindo brinquedos.

Deste básico feitio surgiu a primeira impressão: Ole percebeu que por mais que o mercado de consumo estivesse em baixa, as famílias sempre despendiam valores com brinquedos. Criou, então, em 1932, os primeiros blocos, sendo oficialmente comercializado em maior número em 1934. Os blocos de montar propriamente ditos foram uma sugestão de uma indústria injetora de plástico, que permitiu em 1950, que os blocos pudessem se encaixar e ser empilhados. Ole, com o passar dos anos aperfeiçoou e deu ao tijolinho mais conhecido do planeta a forma que vemos hoje.

A engenhosidade, simples a primeira vista, foi ousada, já que permite a construção e empilhamento infinito das peças, que rendem obras e mais obras únicas espalhadas pelo mundo, como o icônico tigre de Lego, que já andou passeando por diversos locais aqui no Brasil. Mas isto representa menos de 1% das façanhas que os fissurados por Lego já cometeram.

E ai vem a pergunta: como pode uma empresa deste calibre com tanta popularidade no mercado ter suas finanças abaladas?

Em 2004 a empresa tinha acumulado um sério prejuízo por conta da má gestão: as vendas da Lego despencaram 26%, e os prejuízos bateram em US$ 200 milhões. “Nós tínhamos um problema sério de fluxo de caixa”, declarou Jorgen Vig Knudstorp, que assumiu a presidência da empresa na época. “Estávamos na UTI e precisamos de um longo período de reabilitação até voltar a crescer.” 

Segundo a Revista Época Negócios, Kjeld K. Kristiansen, neto do fundador da empresa e antecessor de Knudstorp na presidência da companhia, havia dividido a Lego em várias áreas, na tentativa de atender ao que acreditava ser o anseio dos novos consumidores. Nesse período, a empresa lançou bonecos de ação que vinham prontos, como o Galidor (um super-herói de um desenho de ficção científica canadense). Investiu também em uma unidade para desenvolver jogos eletrônicos e na produção de roupas e relógios com a marca Lego. De quebra, ampliou a presença da Legoland, o parque temático da marca, a Disney das minifiguras, abrindo unidades na Inglaterra, nos Estados Unidos e na Malásia.

O problema é que isso foi uma catástrofe. Sem foco e com iniciativas em várias frentes, a empresa aumentou os seus custos e não obteve o retorno esperado.

É curioso como a popularidade de um brinquedinho de montar cresce – e em ritmo alucinante – em plena era digital. O mérito por tamanha longevidade pertence a Knudstorp, o atual CEO, também cantor e dançarino nas horas vagas. Ele assumiu o comando da Lego em 2004. Foi o primeiro executivo sem parentesco com a família fundadora a conquistar o posto. Encontrou uma empresa à beira da falência e com uma séria crise de identidade. Ela estava perdida, justamente ao lidar com questões sobre como sobreviver em um mundo dominado por computadores e recheado de videogames.

Mas, Knud, tinha a fórmula para virar o jogo: formado em economia, iniciou um plano de recuperação do negócio. Todo o conjunto para reativar a empresa no mercado e desafogar suas contas durou quatro anos: entre 2004 e 2008, foram cortados 1,9 mil postos de trabalho, o equivalente a 30% da mão de obra à época. Hoje, esse número voltou a crescer e está estabilizado em 12,5 mil funcionários. Reduziu de 13 mil para 7 mil o total de peças produzidas, eliminando versões similares de um mesmo elemento. A ordem de corte de gastos rendeu resultados.

 

A empresa também se desfez de unidades de negócios não lucrativas, como a divisão de games. Hoje, a produção dos jogos eletrônicos é feita pela Travellers Tales Games, que tem licença da Lego para usar a marca (uma tacada muito mais inteligente, já que subsidiar o desenvolvimento é mais barato do que produzir por conta da estrutura que deve ser mantida no desenvolvimento de jogos). Em 2005, 70% da participação nos parques Legoland foi vendida para a inglesa Merlin Entertainment, que administra atrações como o Madame Tussauds, o museu de cera, com sede em Londres.

Em meio a esse cenário de terra arrasada, dois produtos seguraram a casa no período de transição: a linha Star Wars, lançada em 1998, a primeira sob o formato de licenciamento, e os bonecos baseados na história de Harry Potter, criados em 2001. Para ajudar no caixa, a família Christiansen, dos fundadores da Lego, uma das mais ricas da Dinamarca, injetou o equivalente a US$ 100 milhões no negócio. E como já adiantamos, o projeto deu certo: desde 2008, a Lego cresce de forma ininterrupta muito acima da média do setor. Entre 2008 e 2013, as suas vendas aumentaram 166%. O mercado de brinquedos (excluindo games) cresceu, no mundo, 14%, totalizando US$ 84,5 bilhões, segundo a Euromonitor.

Note-se que a recuperação não ficou apenas à  cargos da reinvenção do plástico. A era dos video games e  cinema desempenharam um papel importante na estratégia desenhada por Knudstorp, principalmente com o sucesso financeiro do Filme Lego (com receita de bilheteira de mais de 400 milhões de euros em todo o mundo), o que confirma que o futuro da estratégia passa também por uma aposta hollywoodiana e de desenvolvimento de games.

E neste ponto o que exatamente a Lego tem a ver com Tex e mais precisamente com a Sergio Bonelli Editore? TUDO.

Assim como a Lego, a SBE é uma empresa de desenvolvimento orgânico, ou seja, preza pelo crescimento ordenado em seio familiar. Embora a Lego hoje tenha outra pessoa que não da família no cargo, o fato é que a administração central permanece com os sucessores de Oley. Abraçar o mundo com as pernas foi uma das piores jogadas que a empresa pode arquitetar. Mas, diante de uma boa estratégia, além dela conseguir se renovar num mercado relativamente saturado, já que, em meados de 1990 até 1998 houve uma debandada intensa dos seus consumidores que estavam desinteressados pela marca, a empresa explodiu no ramo de brinquedos.

Contar com uma empresa que preza pelas suas raízes é, sem dúvidas, uma rara realidade, principalmente porque com passar dos anos com as novas tendências, assim como aconteceu com a LEGO, a direção da empresa perde o foco, principalmente por acabar deixando se levar pura e simplesmente pelas tendências de mercado, sem no entanto, compreender os reflexos práticos que isso refletirá na saúde da marca.

Sabemos da grande prudência da SBE, mas também compreendemos, ainda mais pelo que a história mostra, que uma boa gestão pode render mais do caixa para a empresa: pode render anos de integração entre gerações e tornar a marca uma parte da família, como já tem feio com muitos colecionadores.

Porém, a realidade hoje é que, infelizmente, cada vez menos jovens tem se interessado pela continuidade de certos nomes. Infelizmente esse foi o motivo crucial do desaparecimento de editoras inteiras, independentemente do seguimento que publica. A palavra do momento, que veio para ficar, é a inclusão digital. E ela não serve só para trazer a toda sociedade o acesso a internet: em contra via, ela significa que as empresas DEVEM se modernizar, possibilitando um estreitamento e uma maior participação na vida de seu cliente.

Quando produzimos a matéria sobre os Jogos Bonelli (pode ser acessada clicando aqui), pudemos esmiuçar o quanto algumas tacadas estratégicas podem e fazem diferença. A LEGO passou de uma empresa obsoleta para a mais competitiva e top de vendas porque soube como investir na disseminação de novas táticas de marketing.

A produção de jogos de videogames é custosa e isso é um fato. Porém, quando se tem uma desenvolvedora por trás da produção, a margem de lucro e de profissionalismo na entrega do produto final são absurdamente distintos. E o essencial: a detentora dos direitos é co-produtora.

Neste ponto, diferente do que já foi experimentado no passado, o ideal seria o ineditismo, assim como vemos na franquia estreada pela TellTale Games, com The Walking Dead (alias, assunto que também já abordamos antes). Essas sacadas de mercado revitalizam a marca e fidelizam o público. Vide o que ocorre com a LEGO: depois de sua entrada no ramo digital foi percebida a rápida absorção pelo público e a franquia não saiu mais do mercado de games.

E mais: a empresa é ampla e está presente não só para diversão, mas também como objeto de estudos, já que tem a divisão de vendas exclusivas para ambientes de desenvolvimento em mecatrônica.

 

TEX E LEGO – Porque daria certo?

E neste ponto surge novamente a pergunta: o que a LEGO tem exatamente a ver com Tex?

O gênero Western povoa o imaginário de todas as pessoas desde a mais tenra idade. Hoje a LEGO está dentro de praticamente TODOS os lares brasileiros e estrangeiros (mesmo que de forma pirata, temos de admitir).

E dai vendo o sucesso arrasador que Star Wars teve, fora os outros heróis da DC comics e da Marvel, é que começamos a pensar o quanto Tex ganharia com uma linha dos blocos. Por causa disso demos uma ligeira estudada nas linhas já lançadas pela empresa e chegamos a algumas conclusões. A primeira é que há certos “requisitos” em comum que as pretensões de lançamento tem que ter. A segunda é que sim, Tex encaixa-se perfeitamente nisso.

Os pontos que descobrimos como necessários:

  1. Enredo teenager
  2. História com heróis ou anti-heróis que cativem o publico
  3. Personagens com toque de irreverência
  4. Personagens caricatas
  5. Cenário fértil para inúmeras situações
  6. Ambientação agradável a qualquer público
  7. Bom núcleo de personagens – de mocinhos a vilões
  8. Histórias que possibilitem a imaginação sem limites
  9. Possibilidade de colecionáveis
  10. Possibilidade de montagem

Agora, em análise, é só encaixar os elementos de Tex nestes requisitos. E não foi difícil:

  1. Enredo Teenager: Tex é a típica história que se pode ler em qualquer idade. Mais do que uma temática relativamente adulta por tras da história lida a olhos desnudos, o enredo ensina conceitos excelentes e delimitados de justiça, moralidade, respeito ao próximo, amor, lealdade, confiança e gratidão. Além de tudo, há em Tex, de maneira muito natural o velho brocardo bem clichê de “fazer o bem sem olhar a quem”. O conceito de dar sem esperar algo em troca inclusive é bem presente nos fãs e colecionadores do Ranger. a História também conta com romances, doces e brandos, deixando a cargo da imaginação do leitor, que pode variar a depender de suas idade. OU SEJA, SIM, Tex cumpre com honra esse item de avaliação.
  2. História com heróis ou anti-heróis que cativem o publico: Tex por sí só é um tipo de anti-herói. Dizemos isso por causa de seu senso de Justiça. Entre a Lei e a Justiça fique com a Justiça. E nesse ponto ele lembra o que vemos em Civil War, no personagem Homem de Ferro. Ok, guardadas as devidas proporções e depenando a história do filme chegamos a esse conceito bem básico. E isso é excelente. É fundamental que desde sempre as pessoas tenham contato com essa noção de sociedade. Além do mais, Tex não está só: Kit Willer, Kit Carson e Jack Tigre, além de seus outros amigos arrematam a necessidade de personagens principais cativantes e bons exemplos.
  3. Personagens com toque de irreverência: bem, para quem conhece, chega a ser inevitável não pensar no velho Carson! Ele é dono de uma personalidade rabugenta e muito divertida. Tex, em contrapartida, sempre sabe onde cutucar a raposa para que ela saia do sério. Não conseguimos encontrar uma só história que não tivesse uns bons quadrinhos com uma dose de humor, seja ele sarcástico, ácido, negro, ou simplesmente puro. E  isso está presente também nas expressões muito bem desenhadas dos personagens. Alias, os vilões também fazem suas trapalhadas e tem seus momentos “jerks”.
  4. Personagens caricatas: assim como toda história bonelliana, Tex tem seus personagens caricatas e marcantes: os bêbados das cidades, os guardas atrapalhados, os capangas burros e medrosos e até mesmo os políticos que pesam as calças quando ouvem o nome de Tex Willer! Mas não é só: embora haja uma certa dose de “violência animada”, nada passa de bons socos desferidos pela mão “leve” de nosso personagem principal! Então é impossível não verificar em cenas nas quais Tex tem de usar seu poder de persuasão as figuras singulares e como se comportam.
  5. Cenário fértil para inúmeras situações: como já sinalizamos, as temáticas de “velho oeste” sempre povoaram o imaginário das pessoas o que contribui para a imaginação mais preguiçosa o encanto com a mais simples história. O ambiente recheado de mocinhos e donzelas, com tramas complexas e duelos de revolver podem ser tecidos por qualquer pessoa em qualquer idade. Fora que neste ambiente, em particular, é muito mais fácil de se estimular as noções de civilidade em uma criança, por exemplo. E chegamos a essa conclusão, porque justamente o faroeste era uma época (ou lugar, como preferirem) onde não se tinha um conjunto de leis conhecidas: tudo era a “Deus dará”: cada vila tinha suas próprias regras que podiam ser mudadas a qualquer minuto; haviam terras de índios selvagens que não negociavam e nào toleravam a passagem de qualquer um diferente deles; índios mais amigáveis; tribos selvagens… Localidades de domínio exclusivo de bandidos… Enfim, chega a ser difícil catalogar todas as possibilidades.
  6. Ambientação agradável a qualquer público: puxando o gancho do item anterior, é simples de você pensar nas possibilidades de aplicação de construção dos cenários com blocos de plásticos: tribos, vilas, cidades, as pessoas com suas vestimentas bem marcadas da época, os animais, currais, celeiros, carroças… TUDO é possível montar. Não precisa de um cenário futurista para criar um chamariz. Além do mais, o clima de “fazenda” é muito aprazível para as pessoas, principalmente as crianças, que embora sejam hitech, não dispensam o clima pacato e aventureiro das pradarias.
  7. Bom núcleo de personagens – de mocinhos a vilões: ora ora, chegamos numa situação delicada…. delicada porque rende mil linhas! Tex tem núcleos incríveis de personagens. MefistoTigre Negro e El Muerto, são alguns exemplos mais fortes de arqui inimigos de nosso Ranger. Mas como todo bom herói, ou melhor, anti-herói, assim como Tex coleciona amigos, coleciona inimigos. E eles nem sempre acabam morto: alguns voltam das trevas para tentar se vingar, mesmo que “de mentirinha”. Fora que temos um núcleo completo e cativante de personagens que envolvem a parte “indígena” da historia de Tex, com a tribo dos Navajos. É nela inclusive que nosso protagonista se casa com a forte e linda Lylith, e eles tem seu único filho, Kit Willer. Mas para chegar até este ponto da história, o leitor, e em decorrência o publico dos “bloquinhos” já devoraram a primeira parte das coleções da HQ para saber como tudo aconteceu, porque SIM isso acontece por causa da curiosidade nata que envolve a brincadeira.
  8. Histórias que possibilitem a imaginação sem limites: bem, a esta altura nem temos o que falar sobre este item.
  9. Possibilidade de colecionáveis: Tex já possui uma legião de fãs que adquirem estatuetas e até mesmo action figures (não oficiais) dos personagens, e assim como em Star Wars quanto mais itens se lança de forma única mais compradores saem desesperadamente em busca do item. Vide o que aconteceu com a Milleniun Falcon… “Ah, mas Tex não tem naves complexas para construção”, realmente não. Mas ao contrário disso: tem inúmeros vilarejos marcados por histórias incríveis, com prédio deslumbrantes, como é o caso de Yellow Sky, que vemos na edição 444, da Tex mensal, em A Dama do Colorado. Só ela daria uma séria maravilhosa e exclusiva.
  10. Possibilidade de montagem: bem… assim como o caso do item acima, há uma variedade incontável de ambientes e locais que podem ser construídos. E digo isso pelo simples fato de que, quem é legomaníaco (entenda o motivo da expressão clicando aqui), NÃO SABE O QUE É LIMITE PARA SUAS MALUQUICES. E quando digo isso não estou me referindo aos já fãs de Tex, estou me referindo aos fãs de LEGO:E quando eu digo que eles podem e VÃO construir qualquer coisa, É QUALQUER COISA MESMO:

Por conta de todas essas conclusões é que cheguei num ponto de começar a pensar o porque que nunca foi idealizada (ou publicada), a possibilidade de Tex também integrar o maravilhoso mundo de LEGO. Uma das suspeitas que levantei foi justamente a de que o personagem, embora já exista na terra do Tio Sam, não tem muita tradição por aquelas bandas. E querendo ou não, não há um clamor muito massificado para que a empresa chegue até a marca Tex. Há quem diga que o cenário de velho-oeste está muito batido, mas ouso discordar: qualquer ambiente que propicie aventura é sinônimo de boa aceitação pelo público. Se assim não fosse, as franquias baseadas em ficção científica e era medieval já teriam perdido seu brilho… Por isso é muito bacana pensar que existe a possibilidade de um herói como Tex ainda ter chances muito boas de co-existir entre páginas e plásticos!

Mesmo se pensarmos em termos financeiros, a LEGO não exige que se monte um conjunto inimaginável de produtos em sua linha de montagem: pode-se antes, verificar a aceitação com um produto mais simples. Isso seria o suficiente para saber quão o publico está aberto para receber a novidade. Outro ponto que vem ligado nesse gesto é a ampla divulgação que as HQs começariam a ter. Parece um pouco incomum, mas assim como no caso dos jogos de videogame, os amantes dos blocos plásticos sempre investigam as fontes que deram origem as novas tendências lançadas. A grande jogada seria fazer o caminho reverso: ao invés de você comercializar e fazer marketing sobre HQs, você vai pegar um publico totalmente cru e novo de uma outra área e tentar buscar aceitação por indução.

Muitas destas jogadas dão certo, como foi o caso da linha Ninjago da LEGO, que é própria. Eles tinham lançado uma linha nova que não tinha boa aceitação, e por isso resolveram desenvolver desenhos animados, justamente para atingir outro nível de publico, fazendo com que a curiosidade nata despertasse o desejo de compra. Dito e feito: a linha Ninjago hoje conta com centenas de produtos, inclusive de edições especiais. E a submarca se consolidou tão bem, que além dos desenhos e das linhas de montagem, foram criados minifigures e ainda jogos eletrônicos!

E para que não fiquem dúvidas sobre o tamanho do nome que se pretende transformar em plástico…:

Ou seja, a LEGO é a maior prova de que uma empresa orgânica pode dar certo e pode expandir suas atuações de maneira inteligente e eficaz. Por isso é que nos reside a dúvida sobre o porque que ainda não temos novas expansões nos mercados secundários da marca SBE, sob o nome de Tex.

E assim indagamos porque também já tratamos aqui de algumas esplêndidas pérolas que localizamos da SBE, que já se aventurou na área eletrônica de jogos, mas em uma época relativamente prematura para a comercialização, que mesmo assim rendeu ótimos números. Será que não estamos, finalmente, num bom momento para reavaliar as possibilidades de expansão da Editora? Ainda mais porque não há necessidade nenhuma dela deter departamentos para produção destas sugestões?

Talvez nossa dúvida não seja respondida de pronto, mas não custa sonhar até lá! Alias, não só sonhar. Lembram dos legomaníacos? Então… Eles sempre estiveram aqui montando minifigures paralelas (não, não são produtos oficiais: foram montados por composição pelos próprios fãs de Bonelli e LEGO, como geralmente acontece com as estatuetas ou action figures). Vale a pena conferir o trabalho deste pessoal que foi em busca de peça por peça similar aos personagens e compôs cada um pensando em sua expressão, vestuário, cabelo, chapéu, arma….:

 

Ah, e se você acha que para por ai, convido você, leitor, a adivinhar quem são estes “bloquinhos”:

O Autor destas maravilhosas obras, dignas de exposição, é o italiano que atende pela alcunha de Nemo68. Não localizei muitas informações sobre ele, mas suas obras foram divulgadas no site LEGO forum unofficialuma fandon não oficial para os montadores de plantão.

E você ai achando que LEGO era coisa de criança….. Não se preocupe, para este “fantástico mundo de plástico”, nunca é tarde para admitir novos seguidores. E se ainda há alguma dúvida sobre o teórico sucesso que esta linha faria… Bem, acho que não já uma dúvida tão claudicante assim 😉